domingo, 10 de fevereiro de 2013

A pintura apaixonante de Waterhouse

 

John William Waterhouse (1849-1917), carinhosamente conhecido como “Nino” na juventude, nasceu em Roma. Seus pais eram pintores ingleses que migraram para a Itália em busca da arte. Enquanto crescia, Waterhouse ajudou seu pai em seu estúdio, onde desenvolveu seu talento para pintar e esculpir. Foi um dos raros artistas que se tornaram populares e tiveram retorno financeiro enquanto estava vivo.Embora muitas vezes classificado como pré-rafaelita por seu estilo e temas, Waterhouse é verdadeiramente um pintor neoclássico. Ele pintou mais de duzentas telas retratando personagens femininas da mitologia clássica, temas históricos e literários.Sua combinação de poesia, mitologia e femme fatale mística é absolutamente notável. Um mestre.
 
 
"The lady of Shallot" (1888)
 Um poema de Tennyson “The lady of Shallot” de 1883, conta a história de uma mulher que sofre de uma maldição e vive isolada numa torre perto do castelo do rei Arthur. Ela está autorizada a ver o mundo exterior através do seu reflexo em um espelho. Um dia, ela vislumbra o belo cavaleiro Lancelot refletido,  não consegue resistir e olha diretamente para ele. Como punição tem que seguir, até a morte, em um barco à deriva cantando sua última canção.




"Psyche opening the golden box" (1903)
 Psyche, a filha de um rei, provocou a ira de Vênus que olhou para ela como uma rival. Vênus instruiu Cupido, seu filho, para infectar o coração de Psyche com o amor por um pária, mas Cupido apaixonou-se por ela e passou a visitá-la todas as noites. Achando que Psyche seria incapaz de resistir à sua beleza, permaneceu invisível e proibiu-a de olhar para ele. Curiosa, Psyche pegou uma lâmpada e, enquanto Cupido dormia, iluminou-o. Assustada com sua beleza, ela deixou que uma gota de óleo quente acordasse o deus. Pela sua desobediência, Cupido partiu. Ela vagueou pela terra em busca de seu amado, enfrentando obstáculos jogados em seu caminho por Vênus até Júpiter se apiedar e torná-la imortal para que se reunisse a Cupido.
 
 
"Ophelia" (1894)
 
"Ophelia lying in the meadow" (1905)
 Ophelia é uma mulher bonita e de mente simples, facilmente moldada pelas opiniões e desejos dos outros. Essa fraqueza de espírito e vontade permitiu a sua obediência ao pai que a usou como isca em seus propósitos, destruindo assim suas chances de amor com Hamlet levando-a à loucura e à morte. Ela estende a mão para a beleza de flores penduradas em um salgueiro e, de alguma forma, se afoga.
 
 
"Pandora" (1896)
 Zeus ordenou a Hefesto, deus do fogo e dos metais, que criasse uma mulher perfeita e que a apresentasse à assembléia dos deuses. Ele o fez, usando água e terra. Os deuses dotaram-na com muitos talentos. Recebeu de um a graça, de outro a beleza, de outros a persuasão, a inteligência, a paciência, a meiguice, a habilidade na dança e nos trabalhos manuais. Ela recebeu o nome de Pandora, que em grego quer dizer “todos os dons”. Quando Prometeu roubou o fogo do céu, Zeus, por vingança, apresentou Pandora a Epitemeu, irmão de Prometeu. Entregou a Pandora uma caixa fechada com a ordem de não abri-la sob nenhuma circunstância. Impelida por sua curiosidade, Pandora levantou a tampa e todo o mal contido espalhou-se pela terra, exceto uma coisa que estava no fundo – a esperança.

 
 
 
Por Aline Andra


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