domingo, 29 de junho de 2014

A melhor Farofa de Mel



 
 

Injustamente ainda não compartilhei este delicioso complemento para tudo que a imaginação permitir. Do Cláudio Brisighello (e de sua caríssima metade, a Yuri Hayashi) que – cheio de atitude – pilota um fogão como poucos. Aliás, vale conferir todas as suas experimentações culinárias (quando eu "crescer", quero fazer pães iguais aos dele) e seus comentários sobre a natureza, o esporte, vida em comum... Há que apreciar pessoas que sabem dimensionar a importância de viver amorosamente.
Com poucos ingredientes e alguma prática, o resultado desta receita é fantástico. O Cláudio explica com espirituosos detalhes e muitas fotos, aqui.

 
FAROFA DE MEL

- 1 colher de sopa de mel
- 1 colher de glucose de milho (ou Karo)
- 300 g de açúcar
- 10 g de bicabornato de sódio

 
Para todos os dias!

 

 

 

Por Aline Andra
 
 
 

sábado, 28 de junho de 2014

Driven to tears - Robert Downey Jr. e Sting





Percebo que a maturidade trouxe muitos saldos positivos, tanto no aspecto profissional quanto no pessoal, para o ator Robert Downey Jr.
Vê-lo explorando sua versatilidade e aproveitando as várias possibilidades como artista com tanta segurança e empolgação é - para quem o admira - uma ótima sensação.
Fazendo parceria em Driven to tears do The Police com o super astro Sting, ele roubou a cena e mostrou a que veio. Muito bom!
 


 
 
 
 

Por Aline Andra

 


sexta-feira, 27 de junho de 2014

O amor depois do amor





Virá o tempo
em que, exultante,
saudarás a ti mesmo chegando
à tua porta, em teu espelho,
e cada qual sorrirá ante a saudação do outro,


e dirá, senta-te aqui. Come.
Voltarás a amar o estranho que foste.
Dá vinho. Dá pão. Devolva seu coração
a ele mesmo, ao estranho que toda a vida


te amou, que por outro
ignoraste, que te conhece a fundo.
Pega as cartas de amor na estante,


as fotografias, as anotações desesperadas,
descasca do espelho a tua imagem.
Senta-te. Celebra tua vida.


Derek Walcott (1948-1984)



No original: Love after love


The time will come
when, with elation
you will greet yourself arriving
at your own door, in your own mirror
and each will smile at the other’s welcome,


and say, sit here. Eat.
You will love again the stranger who was yourself.
Give wine. Give bread. Give back your heart
to itself, to the stranger who has loved you


all your life, whom you ignored
for another, who knows you by heart.
Take down the love letters from the bookshelf,


the photographs, the desperate notes,
peel your own image from the mirror.
Sit. Feast on your life.


 



Por Aline Andra


 

quinta-feira, 26 de junho de 2014

Viagem no tempo: da Medicina - parte 2

 
 

Em 1925, este aparelho foi inventado para bronzear bebês e compensar o raquitismo.
 
 
 
 
Na década de 20, o professor Philip Drinker criou este equipamento para o tratamento de insuficiências respiratórias graves e da poliomielite. A máquina exercia a função de um pulmão artificial.
 
 
 

Também dos anos 20, o tratamento diferenciado para fisioterapia.



 
Em 1940, surgiu o aparelho que media as ondas cerebrais.



 
Cadeira utilizada para tratamento psicológico em casos psiconeuróticos.




Esta técnica visava estimular a circulação sanguínea das pernas.




A máquina de cobalto rotativa era posta em torno do corpo de um paciente para atacar tumores cancerígenos, em 1955.




Um respirador portátil de 1955, projetado para que pacientes pudessem continuar a recuperação em casa.



 
Um brinquedo foi projetado para manter as crianças sentadas durante o exame de raio-X de tórax, em 1957.



 
Em 1960, esta roupa foi inventada para medir a temperatura do corpo durante uma pesquisa sobre os efeitos fisiológicos da alta velocidade e das viagens espaciais.



 

 

Fontes das imagens e pesquisa:  www.absurdao.com
                                                          www.cannaclub.com.br

                                        
                                                           

 

Por Aline Andra
 

 

terça-feira, 24 de junho de 2014

Viagem no tempo: da Medicina - parte 1



 
Médicos usavam estas máscaras contra a Peste Negra. Substâncias aromáticas eram armazenadas no bico para maior proteção.
 
 
 
 
Por volta de 1870, o neurologista francês Guillaume Duchenne  inventou este tratamento que pretendia utilizar correntes elétricas que atravessavam o rosto e o contorciam involuntariamente como forma de estimulação muscular. De fato, Duchenne estava interessado em achar um "elo" entre as expressões e a alma.
 
 
 
 
 
Técnicas para o tratamento e correção da escoliose.



 
Até o final dos anos 1800, as crianças que sofriam de lúpus e tuberculose eram submetidas ao tratamento de Heliotropia, que consistia na indução da produção da vitamina D em resposta à luz.
 
 
 
 
Em 1878, este equipamento era usado para correção da coluna vertebral.
 
 
 
 
Perna artificial, em 1890.
 
  
 
 
Esta era a roupa de proteção usada pelos radiologistas em 1918.




 

O primeiro eletrocardiógrafo introduzido pela Cambridge Scientific Instruments.
 
 
 
 
Desde o início dos anos 20, vaporizadores com substâncias tóxicas (principalmente o Zyklon-B composto de granulados de gesso embebidos em ácido cianídrico líquido) foram utilizados para a eliminação de piolhos.
 
 
 
 
Em 1920, após a 1ª Guerra Mundial, máscaras como esta foram usadas durante uma epidemia de gripe.
 
 
 
 
Alguns exemplos das primeiras peças inventadas para disfarce de lesões faciais.









Fontes das imagens e pesquisa: www.absurdao.com
                                                         www.cannaclub.com.br
                                                         http://menezesciencia.blogspot.com.br
                                                         http://hypescience.com

 
                                                        
 
 
 

Por Aline Andra
 


 

sábado, 21 de junho de 2014

O poder da arte - Turner



Autorretrato  (1798)


Joseph Mallord William Turner (Londres, 23 de abril de 1775 - Chelsea, 19 de dezembro de 1851) foi um controverso pintor inglês do séc. XIX e considerado um dos precursores do movimento impressionista, devido a seus estudos sobre luz e cor. Um artista singular que escolheu não se acomodar aos padrões convenientes e confortáveis aceitos pela maioria, mas idealizar e registrar os intensos e obscuros momentos de sua época.
Este formidável documentário O poder da arte, produzido para a BBC e narrado quase teatralmente por Simon Schama, demonstra que “a grande arte tem péssimos modos. A silenciosa reverência da galeria pode levar você a acreditar, enganosamente, que as obras-primas são delicadas, acalmam, encantam, distraem, mas na verdade elas são truculentas. Impiedosas e astutas, as maiores pinturas lhe aplicam uma chave de cabeça, acabam com sua compostura e, ato contínuo, põem-se a reorganizar seu senso da realidade.”

  





Por Aline Andra
 
 
 

segunda-feira, 16 de junho de 2014

Amar ao próximo



  

Do premiado cartunista Dario Castillejos Lázcares




 

Por Aline Andra
 
 

 

domingo, 15 de junho de 2014

O futebol - parte 1

 Óleo sobre tela - André Lhote


“A palavra campo designa um terreno extenso e não acidentado, e, para além de sua acepção agrícola, o espaço capaz de tornar-se o teatro de um jogo de forças, sugerido pela palavra alemã Kampf, da mesma raiz, significando luta, e pela palavra campeão, o lutador. O campo está a um passo da arena e guerra. Mas uma arena que se presta mais à visibilização do combate, isto é, à sua espetacularização e sua simbolização, do que à sua realização literal, quando ele não se destina expressamente a fins agressivos e passa a decidir, num tira-teima ritual com o outro, sob o olhar de outros, quem detém, por um momento ritualizado, o domínio de uma modalidade. (...) É essencial entender também que, ao dar forma lúdica ao mito da concorrência universal, o futebol criou o campo simbólico onde essa concorrência muda de sentido – tanto socialmente, já que apropriada por agentes que não teriam oportunidade no campo da competição econômica (operários ingleses ou brasileiros pobres, por exemplos), quanto simbolicamente, já que a concorrência se dá em código corporal e não verbal, irradiante de sentidos não determinados, desfrutando de um estatuto correspondente ao da autonomia da obra de arte.” (...) De qualquer modo, dizia Pasolini, o delírio do gol é puramente poético, chegue-se a ele por uma via ou por outra, e, como tal, é o momento e o lugar em que a diferença entre prosa e poesia se desfaz, já que ‘todo gol é sempre uma invenção, é sempre uma subversão do código: todo gol é inexorabilidade, fulguração, estupor, irreversibilidade”.



“O goleiro é sabidamente um ser de exceção, e, nos momentos cruciais, um solitário. Como os indivíduos sagrados e malditos, ele pode o que os outros não podem (tocar a bola com as mãos) e não pode o que os outros podem (atravessar todo o campo e consumar o desejo maior do jogo, o gol). Se a impossibilidade dos outros é ditada, no entanto, pela regra do jogo, a do goleiro é imposta pelo peso de um tabu, que veio caindo sintomaticamente, como sabemos. De todo modo, ele não pode abandonar por completo o gol porque essa é a zona interditada por cuja virgindade ele é o responsável. A virgindade do gol é um tabu no sentido preciso da expressão (que tem sua origem na esfera mágico-religiosa): espaço consagrado simbolicamente, que não deve ser profanado. Tradicionalmente, o goleiro participava, mais que nenhum outro jogador, do destino terrível de todos aqueles que são a representação encarnada do tabu, e a própria metonímia da virgindade sagrada posta no limiar da profanação. No futebol, onde o tabu duplicado no espelho do zero a zero inicial quer ser violado pela confrontação dos contrários, o goleiro figurava como uma espécie de vestal posta a prêmio, virgem guardiã do fogo sagrado cujo poder participa todo o tempo da ameaça de imolação.”


“A ‘lógica dialética’, no futebol, pede a prosa consistente que eleva o tecido do jogo para além do discurso trivial, apático ou protocolar. Como já foi dito, a prosa do futebol não exclui necessariamente a poesia, que, ao contrário, precisa daquela para se realizar. Quando isso acontece (como no quarto gol da seleção brasileira na final contra a Itália, da Copa de 1970, em que a bola vem bailando desde a própria defesa numa sucessão de passes e dribles, gratuitos e eficazes, de Clodoaldo até o passe de Pelé no vazio para o chute inapelável de Carlos Alberto, depois da bola levemente levantada ao acaso pelo próprio ‘Sobrenatural de Almeida’ – em forma de ‘morrinho’), atingimos aquele ponto só formulável em termos como os de Fernando Pessoa, ao fazer o elogio da capacidade superior que a prosa plena teria, de conter em seu corpo a própria poesia e todas as artes: “Há prosa que dança, que canta, que se declama a si mesma. Há ritmos verbais que são bailados, em que a ideia se desnuda sinuosamente, numa sensualidade translúcida e perfeita’.”




Veneno Remédio – O futebol e o Brasil
José Miguel Wisnik, Companhia das Letras, São Paulo, 2008





 




Por Aline Andra

 


sábado, 14 de junho de 2014

A Casa-Prego e a resistência






O neologismo casa-prego (nail-house) surgiu para explicar uma construção cujos proprietários se recusam a vender ou entregar para o governo ou empreiteiras que pretendam demoli-la para dar lugar a estradas ou qualquer outro empreendimento imobiliário.
O termo é um trocadilho que se refere aos pregos que estão presos a pedaços de madeira e não podem ser retirados ou triturados com um martelo. 
Quando um acordo legal baseado no direito à propriedade privada não é firmado entre as partes interessadas - geralmente por discordância do proprietário em relação à compensação financeira - o imóvel  tem que ser mantido, gerando uma situação complicada. As obras são realizadas no entorno e os moradores rebeldes ficam, muitas vezes, sem os serviços essenciais básicos como luz, água, esgoto e até acesso.
Depois de algum tempo de obstinação, coerção e propostas reavaliadas, alguns destes conflitos acabam por se resolver e estes cenários surreais, encontrados em todo o mundo, desaparecem.

 
 
 

 


 

 

 

 
















Fontes das imagens e pesquisa: www.amusingplanet.com
                                                         www.inhabitat.com
                                                         www.echinacities.com
                                                         http://popupcity.net
                                                         www.mdig.com.br



Por Aline Andra






quarta-feira, 11 de junho de 2014

Fractais na natureza



29 padrões fractais hipnotizantes encontrados na natureza 16


Proposto pelo matemático Benoît Mandelbrot em 1975, o termo fractal – derivado do latim fractus (fração, fraturado) – se refere a qualquer objeto cuja estrutura básica, fragmentada ou irregular, é composta por versões progressivamente menores de forma geométrica simples.
Os fractais estão relacionados às áreas da física e da matemática que são conhecidas por Sistemas Dinâmicos ou Teoria do Caos, porque suas equações são utilizadas para descrever fenômenos que apesar de parecerem aleatórios, obedecem a certas regras, por exemplo, o fluxo dos rios. Em geral, as regras atribuídas a um objeto fractal são as seguintes:
- É muito irregular para ser descrito em termos geométricos tradicionais.
- Sua forma é feita de cópias menores da mesma figura.
- As cópias são similares ao todo: mesma forma, mas diferentes tamanhos (um zoom em um detalhe da imagem revela novos detalhes).
Na pródiga natureza, alguns elementos podem ser descritos segundo a geometria fractal, embora sua auto similaridade estenda-se só a uma faixa de escalas, mas são belos exemplos.
 

Brócolis
 
 
Nuvens
 
 
Náutilo
 
 
Fluxo das águas
 
 
Floco de neve
 
 
Vasos sanguíneos
 
 
Repolho
 
 
Conchas marinhas
 
 
Neve sobre o vidro
 
 
Estalactites
 
 
 
Babosa
 
 
Leito dos rios no deserto
 
 
Casca do caracol
 
 
Penas do pavão
 

Cordilheiras 
 
 
Neurônios
 
 
Pinhas
 
 
Folha de samambaia
 
 
Asas da libélula
 
 
 
 
 
 
 
Fontes das imagens e pesquisa:  www.caliandradoserrado.com.br
                                                          www.mdig.com.br
 
 
 
 
Por Aline Andra