quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

Don't wait too long - Madeleine Peiroux


 


 


A voz desta jazzista, compositora e instrumentista americana da Geórgia não é notada somente pela comparação inevitável com Billie Holiday. Há tempos, Jô Soares disse numa de suas jam sessions na Rádio Eldorado paulista que “Billie tinha mel escorrendo pela garganta”. Uma das mais perfeitas definições que já ouvi. A mesma doçura se percebe em Madeleine, que começou a descobrir seu caminho aos quinze anos, apreciando os artistas do boêmio Quartier Latin, em Paris, e depois participando dos grupos.
A atenção mais expressiva chegou em 1996, com o seu primeiro álbum (Dreamland) e a partir daí aconteceu a fama. O que acho bastante interessante, além de sua óbvia qualidade como cantora, é sua "rebeldia". Introspectiva, gosta de isolamentos e silêncios e não segue os movimentos típicos de quem quer uma carreira sólida com rapidez. Durante grandes intervalos entre gravações de álbuns, ela volta às suas raízes, com concertos em pequenos clubes e apresentações de rua ao redor do mundo. Segundo li, sua gravadora já precisou contratar um detetive particular para encontrá-la. Ponto para ela!



 
 



 

Fonte da imagem: Google
Fonte da pesquisa: www.madeleinepeiroux.org
                                   http://pt.wikipedia.org/wiki/Madeleine_Peiroux 


 
Por Aline Andra

 
 

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

O terceiro elemento




BuildingDreamsblog.jpg



Ele chega indolente e sem luz. Começa, negligentemente, a desfazer o ninho, sonhado na justa medida para dois e feito de frágeis e pequenos detalhes.
Ele parte dissimulado e sem pouso. Exaustos e em silêncio, os dois apenas se olham, pois já não há mais nada por admitir e, laboriosamente, começam a recolher os pedaços espalhados do sonho, que de tantas falhas e cicatrizes, vai ficando cada vez menor.










Por Aline Andra



 

domingo, 23 de fevereiro de 2014

Cores e transparências






Lam Woon Ng é um jovem artista de 43 anos, nascido em Johor, Malásia. Formado pela New York Academy of Art com mestrado em pintura figurativa, ele já tem seu trabalho reconhecido, premiado e encontrado em galerias e coleções particulares de todo o mundo.
Suas belas aquarelas, de cores vibrantes e traços curtos e múltiplos, recebem a influência dos traços caligráficos chineses e da filosofia Taiji, embora ele afirme não se prender a estilos: “Enquanto eu estava estudando tinta, aquarela, guache ou lápis, eu não estava restrito a determinados estilos ou métodos acadêmicos. A partir de experiências destemidas, eu fiz o meu caminho para uma nova descoberta. Aproveitei a oportunidade para ampliar meu escopo de trabalho através de linguagens familiares e origens culturais. Todo o processo me permitiu abrir novos caminhos criativamente.”












































Fontes das imagens e pesquisa: www.ngwoonlam.com
                                                         www.nst.com.my





Por Aline Andra


 

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

A escrita alterada







De aocrdo com uma pesqisua da Cmabrigde Uinervtisy, não ipmorta em que odrem etsão as lteras em uma plavara, a úinca cosia ipmortnate é que a úlitma e a primiera etsejam no luagr cetro.

O rseto pdoe etsar desordneado que lmeos sem maoires porbelmas.

 Isso proque o cérbero humnao não intreperta cdaa lerta sozihna, e sim a palvara cmoo um tdoo.






 




 

 

Por Aline Andra





terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

O irresistível Jesse

 




As aventuras de Jesse, um Jack Russell Terrier esperto e charmoso, são conhecidas por muitos.  Bem treinado por Heather, que utiliza o reforço positivo e o bom companheirismo,  ele nos dá algumas lições de capricho doméstico e civilidade. Irresistível!




 



 

 Fonte: http://plullina.blogspot.com.br


 


Por Aline Andra
 


sábado, 15 de fevereiro de 2014

Um olhar



 


O fotógrafo polonês Maciej Dakowicz escolheu registrar o inesperado. Seus interesses estão focados na fotografia documental. Em suas andanças por lugares exóticos, ele capta, com um olhar sagaz e sensível, as mais diversas situações em composições perfeitas. Seu trabalho tem sido publicado e exibido por todo o mundo.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte das imagens: www.maciejdakowicz.com
 
 
 
 
Por Aline Andra
 
 
 
 
 

terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

A chave de casa - Tatiana Salem Levy




 


Li, com algum atraso, o romance (Ed. Record, 2007, 208págs.) desta autora que venceu o Prêmio São Paulo de Literatura de 2008, na categoria de autor estreante. Gostei muito.
Tatiana surpreende logo às primeiras páginas, não só por não se ater à segurança das fórmulas simples da escrita linear e cômoda, como também por seu estilo contundente e quase desconcertante. O gênero utilizado por ela, a autoficção, apaga propositalmente os limites entre o autor, o narrador e a personagem num jogo estimulante que, obrigatoriamente, inclui um leitor que precisa estar atento. É difícil ficar indiferente às possíveis semelhanças entre a escritora e a personagem embora ela tenha escrito: “Conto (crio) essa história para dar sentido à imobilidade”.
Contada num tom intimista e confessional, toda a narrativa tem raízes em conflitos pessoais e nas lembranças (memória) da família. O avô, judeu imigrante que chegou ao Brasil ainda jovem, deixando pais, irmãos e um amor mal resolvido na Turquia; as experiências dolorosas dos pais durante a ditadura militar e a necessidade do exílio em Portugal; o sofrimento pela morte da mãe, que continua influenciando seus pensamentos e ações com constantes interferências que interrompem o texto em vários momentos; a relação obsessiva com um homem dominador e seus sentimentos de inadequação e inconsistência.
Através destas quase “cenas” que se misturam, interagem e se completam no espaço e no tempo, a personagem resolve encontrar sua identidade cultural, uma transformação e um sentido para sua vida quando seu avô lhe entrega a chave da casa de Esmirna, que deixou para trás há tantos anos e a incita a fazer esta viagem para o desconhecido e o inesperado. Viagem que passa a ser também do leitor.
 
(...)
"Para escrever esta história, tenho de sair de onde estou, fazer uma longa viagem por lugares que não conheço, terras onde nunca pisei. Uma viagem de volta, ainda que eu não tenha saído de lugar algum. Não sei se conseguirei realizá-la, se algum dia sairei do meu próprio quarto, mas a urgência existe. Meu corpo já não suporta tanto peso: tornei-me um casulo pétreo. Tenho o rosto abatido, olheiras muito mais velhas do que eu. Minhas bochechas pendem, ouvindo o chamado da terra. Meus dentes mal conseguem mastigar. Sinto um incômodo abissal, como se a gravidade agisse com mais intensidade sobre mim, puxando duas vezes meu corpo para baixo.
Não tenho a mais ínfima ideia do que me aguarda nesse caminho que escolhi. Da mesma forma, não sei se faço a coisa certa. Muito menos se existe alguma lógica, alguma explicação admissível para essa empreitada. Mas ando em busca de um sentido, de um nome, de um corpo. E por isso farei essa viagem de volta, para ver se não os esqueci perdidos por aí, em algum lugar ignoto.
Sem me levantar, pego a caixinha na mesa-de-cabeceira. Dentro dela, em meio a pó, bilhetes velhos, moedas e brincos, descansa a chave que ganhei do meu avô. Tome, ele disse, essa é a chave da casa onde morei na Turquia. Olhei-o com expressão de desentendimento. Agora, deitada na cama com a chave nas mãos, sozinha, continuo sem entender. E o que vou fazer com ela? Você é quem sabe, ele respondeu, como se não tivesse nada a ver com isso. As pessoas vão ficando velhas e, com medo da morte, passam aos outros aquilo que deveriam ter feito mas, por motivos diversos, não fizeram.
E agora cabe a mim inventar que destino dar a essa chave, se não quiser passá-la adiante.
(...)
Não faço outra coisa senão olhar, tocar, observar a chave. Conheço seus detalhes de cor, o tamanho preciso de suas curvas e de sua argola, seu peso, sua cor gasta. Uma chave desse tamanho não deve abrir porta alguma. A essa altura já deveriam por certo ter mudado, se não a porta, certamente a fechadura. Seria um disparate acreditar que tanto tempo depois a chave da casa permaneceria a mesma. Tenho certeza de que até meu avô é consciente disso, mas também imagino que deva ter uma curiosidade enorme de saber se ainda está lá o que deixou para trás. Que coisa estranha, que coisa esquisita deve ser: largar o país, a língua, abandonar a família em direção a algo completamente novo e, sobretudo, incerto.
Ele me contou que o navio onde viajou era descomunal, seu primeiro e único navio. A embarcação estava abarrotada de pessoas, todas com a mesma esperança que ele: conseguir uma vida melhor em país diferente. Dos irmãos, foi o primeiro a vir, apenas duas malas na mão e alguns contatos no Brasil. Não mais do que vinte anos quando deixou a Turquia. Tempos depois o irmão mais novo se juntaria a ele. A irmã gêmea faleceria de tuberculose. O irmão mais velho casaria e continuaria em Esmirna. A mãe, ele só reencontraria longos anos mais tarde, quando, viúva, decidiria se mudar para o Brasil.
Quantas vezes não ouvi essa mesma história? A dor de nunca mais ter visto o pai nem a irmã, de nunca mais ter pisado na terra que primeiro fora sua. A dor de só ter trazido a mãe a tempo de perdê-la. De ter visto tanta miséria no navio, tanta miséria na terra que deixara. Quantas vezes?
E agora o que ele quer? Que eu vá atrás da sua história, recuperar o seu passado? Por que essa chave, essa missão descabida?”

 



Por Aline Andra
 
 

sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

Lugares quase mágicos




 
TÚNEL DO AMOR – UCRÂNIA

Considerado um dos lugares mais românticos do mundo, o Túnel do amor está situado nas florestas da Ucrânia, próximo da cidade de Kleven, uma pequena comunidade de oito mil pessoas. Formou-se graças à passagem recorrente de um trem particular que levava toras de madeira até uma fábrica local. Sua extensão é de 1,8 km.

  
 
 
SALINA DE UYUNI – BOLÍVIA

Segundo geólogos, esta salina pode ser considerada a maior planície salgada do mundo. São 12 mil km² contendo 10 bilhões de toneladas de sal, formada há 40 mil anos quando um imenso lago pré-histórico secou e deu origem a dezenas de pequenas lagoas, dunas de sal e vales de pedras.
 
 
 
 
CAMPOS DE TULIPA – HOLANDA

A cada ano, entre o final de outubro e o começo de novembro, mais de 10 mil hectares são utilizados para produzir 9 bilhões de tulipas. A Alemanha e os Estados Unidos são os destinatários de 2/3 destas flores exóticas que já foram tão valiosas a ponto de serem usadas como moedas de troca entre 1634 e 1637 na Holanda (a moeda da época eram os florins neerlandeses. Dizia-se que um bom negociador de tulipas conseguia ganhar seis mil florins por mês quando a renda média anual era de 150 florins).

 
 
 
GRUTAS DE GELO MENDENHALL - ALASCA

Localizada a 19 km do centro de Juneau, na região sudeste do Alasca, a enorme caverna de gelo, cujas paredes produzem uma incrível cor azul no seu interior ao receber a luz solar do exterior, é muito frequentada por turistas de embarcações e cruzeiros.
 
 
 
 
BOSQUE DE BAMBUS - JAPÃO

A Sagano Bamboo Forest tem uma área de aproximadamente 16 km² e produz sons e imagens incríveis por causa da movimentação dos bambus ao vento e do contraste de luz e sombras pelas entradas da floresta.




 
POÇO DE THOR – OCEANO PACÍFICO
 
O Thor's Well fica localizado em Cape Perpetua, um promontório acidentado do litoral de Oregon, nos Estados Unidos. Trata-se de uma fonte de água impulsionada pelo poder da maré do oceano. Uma visão grandiosa, mas perigosa especialmente na maré alta e durante as tempestades de inverno.
 
 
 
 
FLORESTA NEGRA – ALEMANHA

Localizada em uma cordilheira arborizada, no estado de Baden-Württemberg, ao longo do rio Reno, a Floresta Negra ocupa uma área de 200 Km de norte a sul e 80 km de leste a oeste. Lugar de inspiração de muitos contos dos irmãos Grimm, é tão densa que a luz do sol raramente passa entre as copas das árvores, criando um cenário de mistério.


 
 
 
ANTELOPE CANYON – EUA
 
Localizado nas terras da nação navaja do norte do estado do Arizona, o Antelope é o cânion estreito mais visitado do sudoeste americano. Sua formação geológica é resultado da passagem de correntes de água ao longo de milhares de anos.

 


TÚNEL DE GLICÍNIAS – CHINA
 

O jardim de Kawachi Fuji fica na cidade de Kitakyushu e abriga cerca de 150 pés de glicínias chinesas (Wisteria Sp.) suspensas, também conhecidas como Flores da Ternura, formando um túnel de incrível beleza e perfume.




GREEN FLY GEYSER – EUA

Gêiser geotérmico localizado a 32 km, em Washoe County, Nevada. Está localizado dentro de uma propriedade privada e atualmente encontra-se fechado à visitação pública. O Fly Geyser não é um fenômeno inteiramente natural, pois foi criado em 1916, durante a perfuração de um poço que funcionou normalmente durante vários anos. Na década de 60, a água recebeu aquecimento geotermal, encontrou um ponto fraco na parede e começou a escapar para a superfície. Minerais dissolvidos começaram a subir, se acumulando e criando as formas de cores variadas. O gêiser continua em crescimento.










Fontes das imagens e pesquisa: http://obviousmag.org
                                                         http://postsabeiramar.blogspot.com.br
                                                         www.megacurioso.com.br
                                                         www.hypeness.com.br

 
 
 
 
 
 

 

Por Aline Andra