segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Babel



Joos De Momper (1564-1635) - Óleo sobre tela
 


Referências à Torre de Babel – uma construção que atingiria os céus sem necessidade da intervenção de Deus – perduraram nos mais diversos povos da Terra, testemunhando sua existência e o fato de ter-se atribuído a esse “pecado coletivo de revolta” a causa da confusão e diversificação das línguas.
O mito de Enmerkar, dos sumérios (povo já desaparecido) fala da construção de um imenso zigurat (torre-templo) na origem dessa cisão da comunicação.
 O missionário dominicano Frei Diego Durán (1537–1588) recolheu em Xelhua (México) a saga dos gigantes que tentaram construir uma pirâmide para atingir os céus, mas que os deuses destruíram, confundindo a linguagem dos construtores. O religioso ouviu essa narração de um antigo sacerdote pagão de Cholula, pouco depois da conquista espanhola do México.
 O historiador nativo Fernando d'Alva Ixtilxochitl (1565-1648) recolheu a lenda tolteca (América Central) segundo a qual após um grande dilúvio os homens erigiram uma imensa torre que os preservaria de outro dilúvio, porém suas línguas foram confundidas e eles se dispersaram pelas diversas regiões da Terra.
 Um mito grego fala que o deus Hermes confundiu as línguas.
 Histórias mais ou menos parecidas foram documentadas pelo antropólogo social escocês Sir James George Frazer (1854 – 1941). Frazer menciona especificamente narrações nesse sentido entre os Wasania de Quênia; no povo Kacha Naga do Assam (Índia); entre os habitantes de Encounter Bay, Austrália; nos Maidu da Califórnia; nos Tlingit da Alaska e nos K'iche' Maya da Guatemala. Também entre os estonianos no Mar Báltico, Europa do Norte; e até na Arizona, EUA.
Segundo o compêndio Ethnologue, que cataloga estes dados desde 1950, o número de idiomas falados no planeta alcança a incrível marca de 6.909! Entretanto, cerca de 94% desse total, ou seja, 6.520 línguas são faladas apenas por 6% dos habitantes da Terra, enquanto o restante da população mundial utiliza apenas 389 idiomas.
Há pelo menos 172 línguas com pelo menos 3 milhões de falantes – do chinês ao tachelhit, do Marrocos, e o quimbundo, de Angola. Além desses existem aproximadamente 500 idiomas que correm o risco de extinção. Por exemplo: na China, o chinês predomina, mas há uma língua, o ayizi, com apenas 50 falantes, em um país com mais de 1 bilhão de pessoas.

 
•ÁSIA
33,6% dos idiomas

São 2.322 idiomas praticados por lá. Além de ter a maior variedade, os asiáticos também têm o maior número de falantes – 3,6 bilhões, uma média de 1,5 milhão por idioma.

 
•ÁFRICA
30,5% dos idiomas

Os africanos falam 2.110 idiomas diferentes – em média, 344 mil pessoas para cada um. Em Moçambique, por exemplo, a língua oficial é o português. Mas lá você também pode ouvir maconde, chona, tonga e outros 40 idiomas.

 
•AMÉRICA
14,4% dos idiomas

Do Alasca à Patagônia, são 993 idiomas no continente, com a média de 50.852 praticantes cada um. Você sabia que se fala francês no Haiti? E holandês em Aruba? E que 700 mil mexicanos ainda falam maia, um idioma pré-colombiano?


•EUROPA
3,4% dos idiomas

No Velho Mundo são 234 idiomas com 6,6 milhões de pessoas falando cada um. Entre as línguas de origem europeia, a mais popular é o espanhol, considerada a segunda mais comum do mundo, escrita e falada em 44 países por 329 milhões de pessoas.

 
•OCEANIA
18,1% dos idiomas

Apesar de ter apenas dois países grandes – Austrália e Nova Zelândia – a Oceania tem dezenas de ilhotas, com centenas de dialetos, somando 1.250 variedades. O resultado: em média, cada idioma é praticado por apenas 5.144 pessoas.

 
•A MAIS FALADA

A populosa China tem a língua mais executada: o chinês, com 1,2 bilhão de falantes em suas 14 variedades. O mandarim é uma delas – e é a mais falada, com 845 milhões de adeptos. O tipo de chinês menos popular é o min zhong, com 3,1 milhões.


•MENOS FALADA

À beira da extinção, com apenas um falante remanescente, há várias línguas. É o caso do Iuo, de Camarões. O Brasil também tem idiomas em risco como o catuquina, o lakondê e o sabanês.

 
•PAÍS COM MENOR VARIEDADE

Cinco países e territórios são monoglotas: Coreia do Norte (100% coreano), Ilhas Malvinas (inglês), Território Britânico do Oceano Índico (inglês), Vaticano (latim) e Santa Helena (território britânico no Atlântico, inglês).

 
•PAÍS COM MAIOR VARIEDADE

Papua-Nova Guiné, arquipélago ao norte da Austrália, tem 830 línguas em uso – sem contar as 11 extintas! Em média, cada idioma é praticado por 4.624 papuas. O segundo país mais poliglota também vem da Oceania: em Vanuatu, falam-se 108 línguas.

 
•IDIOMA ARTIFICIAL

A lista de línguas “inventadas” inclui só o esperanto, criado por um polonês no século 19.

 
•NO BRASIL

O português é a sétima língua mais falada do mundo. Somos 178 milhões de falantes em 37 países (sendo o Brasil o representante mais numeroso). À nossa frente, estão, em ordem decrescente, chinês, espanhol, inglês, árabe, hindi e bengali.

 
•IDIOMAS DE SINAIS

As linguagens feitas para surdo mudos também entram no catálogo de idiomas. E, mesmo sem som, elas variam ao redor do mundo: são 130 tipos! Só a Suíça tem três códigos de sinais diferentes: a suíço-francesa, a suíço-italiana e a suíço-germana.
 
 
 
 
 
 
Fonte da imagem: Google
                                        http://cienciaconfirmaigreja.blogspor.com.br
 
 
 
 
 
Por Aline Andra

 

 
 

Um comentário:

  1. Maravilha de pesquisa !!!! Obrigada pelas informações .... Vc é D ++++++

    carinhoso Namastê

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