Joos De Momper (1564-1635) - Óleo sobre tela
Referências à Torre
de Babel – uma construção que atingiria os céus sem necessidade da intervenção
de Deus – perduraram nos mais diversos povos da Terra, testemunhando sua
existência e o fato de ter-se atribuído a esse “pecado coletivo de revolta” a
causa da confusão e diversificação das línguas.
O mito de Enmerkar,
dos sumérios (povo já desaparecido) fala da construção de um imenso zigurat
(torre-templo) na origem dessa cisão da comunicação.
O missionário dominicano Frei Diego Durán
(1537–1588) recolheu em Xelhua (México) a saga dos gigantes que tentaram
construir uma pirâmide para atingir os céus, mas que os deuses destruíram,
confundindo a linguagem dos construtores. O religioso ouviu essa narração de um
antigo sacerdote pagão de Cholula, pouco depois da conquista espanhola do
México.
O historiador nativo Fernando d'Alva
Ixtilxochitl (1565-1648) recolheu a lenda tolteca (América Central) segundo a
qual após um grande dilúvio os homens erigiram uma imensa torre que os
preservaria de outro dilúvio, porém suas línguas foram confundidas e eles se
dispersaram pelas diversas regiões da Terra.
Um mito grego fala que o deus Hermes confundiu
as línguas.
Histórias mais ou menos parecidas foram
documentadas pelo antropólogo social escocês
Sir James George Frazer (1854 – 1941). Frazer menciona especificamente
narrações nesse sentido entre os Wasania de Quênia; no povo Kacha Naga do Assam
(Índia); entre os habitantes de Encounter Bay, Austrália; nos Maidu da
Califórnia; nos Tlingit da Alaska e nos K'iche' Maya da Guatemala. Também entre
os estonianos no Mar Báltico, Europa do Norte; e até na Arizona, EUA.
Segundo o compêndio
Ethnologue, que cataloga estes dados desde 1950, o número de idiomas falados no
planeta alcança a incrível marca de 6.909! Entretanto, cerca de 94% desse
total, ou seja, 6.520 línguas são faladas apenas por 6% dos habitantes da
Terra, enquanto o restante da população mundial utiliza apenas 389 idiomas.
Há pelo menos 172
línguas com pelo menos 3 milhões de falantes – do chinês ao tachelhit, do
Marrocos, e o quimbundo, de Angola. Além desses existem aproximadamente 500
idiomas que correm o risco de extinção. Por exemplo: na China, o chinês
predomina, mas há uma língua, o ayizi, com apenas 50 falantes, em um país com
mais de 1 bilhão de pessoas.
•ÁSIA
33,6% dos idiomas
São 2.322 idiomas praticados
por lá. Além de ter a maior variedade, os asiáticos também têm o maior número
de falantes – 3,6 bilhões, uma média de 1,5 milhão por idioma.
•ÁFRICA
30,5% dos idiomas
Os africanos falam 2.110
idiomas diferentes – em média, 344 mil pessoas para cada um. Em Moçambique, por
exemplo, a língua oficial é o português. Mas lá você também pode ouvir maconde,
chona, tonga e outros 40 idiomas.
•AMÉRICA
14,4% dos idiomas
Do Alasca à
Patagônia, são 993 idiomas no continente, com a média de 50.852 praticantes
cada um. Você sabia que se fala francês no Haiti? E holandês em Aruba? E que
700 mil mexicanos ainda falam maia, um idioma pré-colombiano?
•EUROPA
3,4% dos idiomas
No Velho Mundo são
234 idiomas com 6,6 milhões de pessoas falando cada um. Entre as línguas de
origem europeia, a mais popular é o espanhol, considerada a segunda mais comum
do mundo, escrita e falada em 44 países por 329 milhões de pessoas.
•OCEANIA
18,1% dos idiomas
Apesar de ter apenas
dois países grandes – Austrália e Nova Zelândia – a Oceania tem dezenas de
ilhotas, com centenas de dialetos, somando 1.250 variedades. O resultado: em
média, cada idioma é praticado por apenas 5.144 pessoas.
•A MAIS FALADA
A populosa China tem
a língua mais executada: o chinês, com 1,2 bilhão de falantes em suas 14
variedades. O mandarim é uma delas – e é a mais falada, com 845 milhões de
adeptos. O tipo de chinês menos popular é o min zhong, com 3,1 milhões.
•MENOS FALADA
À beira da extinção,
com apenas um falante remanescente, há várias línguas. É o caso do Iuo, de
Camarões. O Brasil também tem idiomas em risco como o catuquina, o lakondê e o
sabanês.
•PAÍS COM MENOR
VARIEDADE
Cinco países e
territórios são monoglotas: Coreia do Norte (100% coreano), Ilhas Malvinas
(inglês), Território Britânico do Oceano Índico (inglês), Vaticano (latim) e
Santa Helena (território britânico no Atlântico, inglês).
•PAÍS COM MAIOR
VARIEDADE
Papua-Nova Guiné,
arquipélago ao norte da Austrália, tem 830 línguas em uso – sem contar as 11
extintas! Em média, cada idioma é praticado por 4.624 papuas. O segundo país
mais poliglota também vem da Oceania: em Vanuatu, falam-se 108 línguas.
•IDIOMA ARTIFICIAL
A lista de línguas
“inventadas” inclui só o esperanto, criado por um polonês no século 19.
•NO BRASIL
O português é a
sétima língua mais falada do mundo. Somos 178 milhões de falantes em 37 países
(sendo o Brasil o representante mais numeroso). À nossa frente, estão, em ordem
decrescente, chinês, espanhol, inglês, árabe, hindi e bengali.
•IDIOMAS DE SINAIS
As linguagens feitas
para surdo mudos também entram no catálogo de idiomas. E, mesmo sem som, elas
variam ao redor do mundo: são 130 tipos! Só a Suíça tem três códigos de sinais
diferentes: a suíço-francesa, a suíço-italiana e a suíço-germana.
Fonte da imagem:
Google
Fontes das pesquisas: http://comunidademib.blogspot.com.br
Por Aline Andra
Maravilha de pesquisa !!!! Obrigada pelas informações .... Vc é D ++++++
ResponderExcluircarinhoso Namastê