A caverna de Rouffignac na Dordogne (França), é um
dos santuários de arte rupestre mais importantes do mundo. Em seu interior são
encontrados desenhos valiosos de mamutes e rinocerontes pintados pela mão do homem no período Magdalenian, cerca de 13.000 anos atrás.
Mas seus oito quilômetros de galerias também estão cheios de impressões
digitais que cobrem os tetos e paredes da caverna de uma forma decorativa.
Jess Cooney, da Universidade de Cambridge (Inglaterra) e Leslie Van Gelder, da Universidade Walden (EUA) começaram uma investigação e
descobriram que muitas dessas primeiras marcas foram feitas por crianças de três a sete anos. O
método comparativo tem servido para identificar a idade e sexo de qualquer um
destes jovens e determinar que muitas delas foram feitas por uma
menina, de cerca de cinco anos, da qual pouco mais se sabe além do fato de que
era uma artista precoce e prolífica.
Algumas das impressões e sulcos feitos pelas crianças - quando passavam as mãos na superfície macia da parte superior das paredes
e tetos - indicam que elas foram auxiliadas por adultos que talvez as tenham
segurado nos ombros para que pudessem realizar a tarefa. “Uma das cavernas é
tão rica em sulcos feitos por crianças que sugere que era um espaço reservado
para elas, como se fosse para jogar, para algum ritual impossível de determinar
ou simplesmente para terem algo para se ocupar num dia de chuva”, dizem as arqueólogas.
Em qualquer caso, a
imagem de um ancestral segurando sua filha nos ombros para que ela possa deixar sua marca pessoal
no teto de uma caverna é uma das cenas mais fascinantes que podemos imaginar de
nosso passado.
Fonte das imagens e
pesquisa: Prehistoric pré-escolar (Universidade de Cambridge)
Por Aline Andra
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