Em um parque
localizado no estado americano de Nova York, uma misteriosa chama queima por
trás de uma queda d’água em uma espécie de câmara natural. Durante muitos
anos, o fenômeno – considerado único no mundo – foi atribuído à presença de
espíritos da floresta ou qualquer outra explicação de cunho sagrado, até que se
descobriu existir um vazamento de gás natural que alimenta permanentemente o
fogo.
Localizada na
Turquia, no Parque Nacional de Olympus (na província de Antalya), a chama que queima há mais de dois mil anos é abastecida pelo gás
metano. Dela pode ter sido originado o mito da Quimera, que teria aparecido na Grécia
durante o século VII a.C. Segundo a versão mais conhecida da lenda, tratava-se
de um monstruoso fruto da união de Equidna - metade mulher, metade serpente -
com o gigante Tífon. De acordo com outros relatos seria filha da hidra de Lerna
e do leão de Neméia, os quais teriam sido mortos por Hércules. A descrição
comum retrata-a com cabeça de leão, torso de cabra e parte posterior de dragão
ou serpente. Criada pelo rei da Cária, teria arrasado este reino e o de Lícia
com o fogo que lançava continuamente. Tal suplício só findou, quando o herói
Belerofonte, montado no cavalo alado Pégaso, conseguiu matá-la. A representação
plástica mais corrente da Quimera é a de um leão com uma cabeça de cabra na
espádua. A referida representação foi também a mais comum na arte cristã
medieval, que fez dela um símbolo do mal. Ao longo do tempo, passou a
designar-se genericamente por quimera todo o tipo de monstros fantásticos
usados na decoração arquitetônica. Na linguagem
popular, o termo remete para qualquer composição fantástica, absurda ou
monstruosa, formada pela mistura bizarra de elementos diversos. O local também chamado de Monte Quimera já foi descrito por “ter um fogo que não morre
nem pelo dia e nem pela noite".
O Monte Wingen, também
conhecido como Montanha Ardente, está localizado na Austrália e possui uma mina
de carvão em seu interior. Acredita-se que o fogo começou graças a um relâmpago
ou a outro fenômeno natural porque, segundo pesquisas, a Montanha já queima há
pelo menos seis mil anos! O fenômeno já era conhecido pelos aborígenes muito antes que os primeiros europeus começassem a explorar a região.
Em Taiwan, vários vulcões de lama são os responsáveis por criar o fogo eterno desse local. Ao contrário do que o nome sugere, não se trata de uma caverna, mas sim de um lugar a céu aberto que possui uma pequena piscina de água e um buraco do qual sai gás metano. O local foi descoberto em 1701, por um monge, o que nos diz que o fogo já queima por trezentos e doze anos.
Dizem que por volta
de 1688, em Brennender Berg, na Alemanha, um pastor de ovelhas acendeu uma fogueira próxima à
montanha onde a chama se encontra; o fogo se alastrou e
dura até hoje. Trata-se de um local que possui uma mina
de carvão subterrânea, a qual serve de fonte para a combustão.
Baba Gurgur é uma
fogueira que se encontra acima de um enorme campo de petróleo, no Iraque, e que
é abastecida pelo gás que flui através das rochas. Lendas dizem que mulheres
grávidas visitavam o local quando queriam ter um menino. Além disso, há
indícios de que o local seja o lugar onde o rei Nabucodonosor jogou três judeus
que se recusaram a venerar uma estatueta de ouro, de acordo com uma passagem
bíblica. Talvez esta seja a chama mais antiga, já que ninguém sabe ao certo
quando ela começou a queimar.
O deserto de
Karakum, no longínquo Turcomenistão, esconde uma cratera, de 60 metros de
diâmetro e cerca de 20 metros de profundidade que pode ser avistada a
quilômetros de distância. Não por causa do seu tamanho (relativamente grande),
mas porque ali, no seu interior, chamas e labaredas ardem ininterruptamente há
cerca de 40 anos.
Parte da antiga
União Soviética, o Turcomenistão foi um dos territórios que o governo de Moscou
utilizou como laboratório nuclear. Geólogos cavaram uma
cratera para estudar o solo da região, rico em petróleo e gás natural. Na
ocasião, a fim de bloquear a saída de gás metano encontrado no local, os
cientistas decidiram atear fogo na cratera. As chamas, porém, se mantiveram
acesas e assim continuam até hoje. De tão intensas, sua luz pode ser avistada
inclusive durante o dia. O malfadado experimento, claro, virou atração
turística do país. Mas a "Porta do Inferno" é motivo de preocupação
para o governo local, que teme pela segurança e a saúde dos cerca de 350
habitantes da vila de Derweze, a algumas centenas de metros da cratera.
Fonte das
imagens e pesquisa: Google
Por Aline
Andra