Óleo sobre tela - Portinari
Bem distantes ainda
dos avanços tecnológicos e dos produtos industrializados repetitivos, os
brinquedos de antigamente além de preservarem a inocência por mais algum tempo,
representavam a cultura de um povo em um determinado período histórico.
BOLHAS DE SABÃO
No séc. XVII era
divertimento frequente na França, onde recebeu o nome de Bouteilles, uma referência às garrafas que armazenavam o líquido
feito com água e sabão e, às vezes, com uma pitada de açúcar para aumentar a
consistência.
PERNAS-DE-PAU
Os romanos
inventaram as pernas-de-pau para atravessar terrenos alagados. Alguns indícios
mostram que também foram usadas por agricultores na colheita de frutas,
principalmente na Itália. A partir da Idade Média, incluídos nas artes
circenses, tornaram-se divertimentos populares.
BILBOQUÊ
Também chamado
“embola-bola”, o bilboquê originou-se de um utensílio similar que servia para
que os ourives carregassem os delicados pedaços de folhas de ouro.
Na França, o
bilboquê era um dos brinquedos favoritos do rei Henrique III (1551-1589) e
esteve em moda na corte de Luís XIV (1638-1715).
ESTILINGUE
No período
neolítico, o homem já utilizava o estilingue, também chamado de atiradeira ou
baladeira, para lançar bolas de argila e pequenas pedras. Foram encontrados
alguns, datando de 6.500 anos A.C., em sítios arqueológicos na Turquia.
Os portugueses
conheceram o estilingue na Índia e o trouxeram para o Brasil na época do
descobrimento, como arma de arremesso. Acabou virando brincadeira de crianças
que costumavam atirar mamonas nos passarinhos ou fazer competições de
arremessos à distância.
IOIÔ
Na China, há 3.000
anos, já havia delicados ioiôs de marfim, com cordões de seda e na Grécia,
foram encontrados dois ioiôs de pedra de 2.500 anos.
Como divertimento
nas cortes europeias, os ioiôs eram decorados com joias e pedras geométricas e,
quando girados, seus desenhos formavam figuras.
O ioiô chegou às Filipinas
provenientes da China. No séc. XVI, caçadores os usavam para atordoar as suas
presas, uma ideia similar à do bumerangue australiano.
Em 1928, Donald F.
Duncan viu o ioiô nas mãos de um jovem imigrante filipino, que
trabalhava em um hotel. Pedro Flores havia trazido o brinquedo na mala e o
tinha registrado nos Estados Unidos com o nome de Flores Yo-Yo. Duncan, com visão empreendedora, percebeu o potencial
do brinquedo, comprou os direitos de Flores e começou a fabricar o Duncan Yo-Yo. O sucesso foi imediato.
Em 1992, o ioiô foi
para o espaço nas mãos do astronauta americano Jeffry Hoffman, na espaçonave
Atlantis.
PETECA
Quando os
portugueses chegaram ao Brasil, viram os índios brincando com uma trouxinha de
folhas amarradas a uma espiga de milho. Chamavam o objeto de Pe’teka, que em tupi significa “bater”.
A brincadeira foi
passando de geração para geração e tornou-se um esporte. Nos jogos olímpicos de
1920, realizados em Antuérpia, na Bélgica, os atletas brasileiros levaram a
peteca para divertimento nos intervalos das competições. Atletas e técnicos de
outros países ficaram encantados com a novidade. As regras para o jogo foram
criadas em 1932 por Perrenoud Teixeira de Souza e a peteca foi oficialmente
reconhecida como esporte pelo Conselho Nacional de Desportos em 1985.
CARRINHOS DE ROLIMÃ
Surgiram nas décadas
de 60 e 70 e eram feitos de madeira com quatro rodinhas. Hoje, o carrinho de
rolimã deu lugar ao patinete, ao skate e aos patins.
FUTEBOL DE BOTÃO
Foi inventado pelo
carioca Geraldo Décourt, em 1930. Ele começou a jogar usando os botões das
cuecas. Depois, passou a usar os botões das calças do uniforme escolar, o que
fez com que o jogo fosse proibido na sua escola.
Fontes das imagens e
pesquisa: Google
Por Aline Andra
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