quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

À Sidney Poitier, com carinho



Fonte: Google


Quem viveu os anos 60, certamente se empolgou com o carisma que este ator emprestou a seus personagens, em filmes que até hoje são lembrados com simpatia. Sidney Poitier marcou presença em um tempo em que o cinema quebrava barreiras de todos os tipos. Questionando sobretudo os problemas da desigualdade racial em muitas de suas atuações, ele “alfinetava” um dos tabus da época.
Sedutor sem ser pretensioso, sabia ser capaz de olhares cheios de significados que ora podiam expressar um charme e uma ternura irresistíveis, ora mostravam uma firmeza de caráter e uma vontade inquebrantáveis.
No mesmo momento histórico importante em que Martin Luther King Jr. ganhou o prêmio Nobel, ele foi o segundo negro a ganhar um Oscar - em 1940, Hattie McDaniel ganhou a estatueta pela sua impagável Mammy em “...E o vento levou” (Gone with the Wind) como melhor atriz coadjuvante - e o primeiro a recebê-lo como protagonista pelo filme “Uma voz nas sombras" (Lilies of the fields) de 1963. Merecidamente, pois foi o primeiro também a desafiar estereótipos e conquistar o respeito de quase todos pelo seu talento e postura. Como nunca existe unanimidade, parte da mídia o acusou de ser “útil” à propaganda de uma América cuja realidade não correspondia aos nobres finais de seus filmes. O fato é que o movimento dos direitos civis realmente formou os contornos de sua carreira e isso não foi pouca coisa. Manifestações não violentas pela igualdade estavam gestando uma nova consciência e Sidney Poitier conquistou seu quinhão de boa vontade para a causa e carregou um fardo político incomum para um astro do cinema.
Em 2002, na 74ª edição do Oscar, ele foi homenageado com o prêmio honorário pelo conjunto da obra e pela sua trajetória e apoio à abertura da indústria do cinema à diversidade racial.
Para mim, menina romântica e à procura de bons exemplos, o Professor Thackeray (de “Ao mestre, com carinho”) com seu magnetismo e dignidade inegociável foi uma descoberta e um encantamento. Inesquecível!
Para lembrar: "Ao mestre com carinho" (To Sir, with love) de 1966 e o também excelente "Adivinhe quem vem para jantar" (Guess who's coming to dinner) de 1967.


 
 
 
 
 
 
 
 

Por Aline Andra

 
 
 

3 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

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  2. Excelente o seu texto sobre este não menos excelente ator.
    Parabéns pela postagem!

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  3. Ótimo trabalho ... Era um grande ator . Creio que vi todos os seus principais filmes .
    Ele com sua atuação marcante contribuiu para questões raciais... Muito oportuna sua pesquisa .
    Namastê

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