terça-feira, 6 de maio de 2014

Viagem no tempo: profissões do passado - parte 1





E pensar que há nem tantos anos, tudo era tão diferente! O que a nós – acostumados  a viver num tempo preenchido e sustentado por chips e metais autossuficientes – parece prosaico ou curioso, já foi uma atividade respeitada e fundamental para o bem estar de todos.
Lembro-me de ainda bem criança, quando em casa de minha avó, ouvir os apitos dos guardas-noturnos noite adentro, único som circulando por aquelas ruas de um subúrbio carioca como outro qualquer da época e sentir que estávamos completamente seguros e o mundo estava em paz. Ou, ao contrário, espernear de irritação por causa da música tocada pelo amolador de facas, que passava com seu equipamento rústico, oferecendo seus serviços e um momento de alegria estridente que, hoje, adoraria ouvir. A lavadeira entregava a trouxa de lençóis e toalhas bem lavados e caprichosamente passados, com um perfume peculiar e inconfundível juntamente com o rol (palavra que eu achava muito interessante, talvez por não saber o significado) todas as semanas. Uma senhora pequenina e de aparência frágil e uma menina, que servia-lhe de carregadora e acompanhante e que tinha os olhos mais sérios e tristes que eu já havia visto até então (por causa da pobreza, eu pensava). E os sorveteiros, com seus carrinhos protegidos por coloridos guarda-sóis e cheios de delícias, aumentando ainda mais o prazer e a beleza das calçadas das praias?
E você? Tem alguma lembrança de uma profissão que já não mais existe, atualmente tão desnecessária na sua simplicidade, mas justamente por isso, tão encantadora quando vista à luz nostálgica da história?





O “Lambe-Lambe”
 
Fotógrafo profissional que tirava seus instantâneos, geralmente por encomenda, dos momentos de lazer dos transeuntes em praças e parques.
 


 
O Arrumador de pinos
 
 A brincadeira que remonta ao antigo Egito (séc. IV a.C.) tem  em sua história o uso de escravos para tal tarefa.  Popularizado durante a segunda metade do séc. XIX, o boliche empregava pessoas, geralmente crianças, para rearranjar os pinos após cada jogada. A mão de obra foi dispensada depois que o processo tornou-se totalmente eletrônico em 1952.

 

 
A lavadeira

Muitas mulheres sustentaram suas famílias “lavando roupa para fora” como era costume dizer. Circulavam pelas ruas, entregando em domicílio,  grandes trouxas ou cestos cheios de roupas que carregavam na cabeça.
 
 
 

 
 
O despertador humano

Essa profissão nasceu com a Revolução Industrial. Vilas de moradias foram surgindo ao redor dos parques industriais e uma pessoa era encarregada de acordar os trabalhadores para que não perdessem a hora. Varetas de madeira, bambu ou pedras sopradas por uma zarabatana nas janelas eram os métodos usados.
O primeiro despertador mecânico foi desenvolvido em 1847, pelo francês Antoine Redier, mas só se popularizou algumas décadas depois.


 

O pianista do cinema

Na época do cinema-mudo, pianistas eram contratados para fazer a trilha sonora dos filmes, improvisando os temas de acordo com a ação vista na tela. A profissão foi popular até 1929.
 

 
 

Os cortadores de gelo

Antes da invenção do refrigerador, os serviços dos cortadores de gelo eram imprescindíveis para a manutenção dos alimentos pelo frio (profissão obviamente restrita aos países em que a água congelava naturalmente). A tarefa era de alto risco, mas bastante lucrativa.
A primeira máquina de produzir gelo utilizava o vapor e foi criada por James Harrison em 1856 para gelar a produção de uma cervejaria.


 

O leiteiro

Até que se desenvolvessem práticas de preservação ou tecnologia para armazená-lo por mais tempo, o leite fresco era vendido de porta em porta em garrafas de vidro ou galões e o cliente tinha que levar seu próprio vasilhame para encher.
 

 

 
O caçador de ratos
 
Precursores dos dedetizadores modernos, os caçadores de roedores entravam em sótãos, porões, bueiros e sistemas de esgotos para exterminá-los. Durante a Primeira Guerra Mundial, com a escassez de alimentos, os especialistas encontraram  outra fonte de renda: comercializar os ratos para serem comidos.
 
 


O acendedor de luz
 
Antes da introdução das lâmpadas elétricas nos postes, um profissional percorria as ruas, acendendo os lampiões ao cair da tarde.
 
 
 


O radar humano
 
Na Primeira Guerra Mundial, conflito cuja grande novidade bélica foi o avião (o uso mortal da invenção teria motivado a depressão e consequente suicídio de Santos Dumont). Para detectar o som dos motores se aproximando, engenheiros alemães e ingleses criaram um dispositivo de concentração (pré-radar) que permitia informar sobre a chegada de uma bateria aérea.
 
 
 
 
 
 
 
 

 

Fontes das imagens e pesquisa: http://oriodeantigamente.blogspot.com.br
                                                         http://profissões.web.simplesnet.pt
                                                         www.interessantenota10.com
                                                         http://semena.com
 
 
 
 
Por Aline Andra
 

 
 

 
 
 
 

3 comentários: