A Orquestra de
Instrumentos Reciclados de Cateura é o resultado fantástico da iniciativa de
pessoas com poucos recursos, mas muita vontade de fazer a diferença e
contribuir para um mundo um pouco melhor. Formada por jovens de uma comunidade localizada numa das zonas mais subdesenvolvidas do mundo e
que contém o maior aterro sanitário de Assunção, capital do Paraguai, a Orquestra se
apresenta com instrumentos musicais fabricados a partir de
sucatas.
Tudo começou quando
um técnico ambiental, Favio Chávez, foi trabalhar em Cateura em 2004.
Músico amador, ele resolveu ensinar a quem quisesse aprender. O interesse foi
imediato e com apenas cinco instrumentos para compartilhar, a solução encontrada
foi a mais criativa. Com a ajuda do carpinteiro Nicolás Gómez, o material encontrado
no lixão se transformou em instrumentos alternativos que já foram exibidos no
Museu dos Instrumentos Musicais em Phoenix (Arizona, EUA), ao lado dos pianos de John
Lennon e das guitarras de Eric Clapton.
Foram dezenas de
concertos mundo afora. O repertório é diversificado: Beethoven, Mozart,
Vivaldi, Bach, Henry Mancini, Beatles, Frank Sinatra e músicas regionais.
Uma apresentação
perfeita?
Favio responde: “Depende
do que você chama de perfeição. Uma Orquestra pode ser perfeita como expressão
musical, mas para nós, importa que seja perfeita socialmente falando. Com a
música, a criança aprende outras expressões de sensibilidade. Porque, estando
numa Orquestra, aprendem a ser solidários, responsáveis, respeitosos.”
O que ele ganha
fazendo o que faz?
“O privilégio de
mudar vidas. Às vezes, me sinto empunhando uma varinha mágica que realiza
sonhos.”
O diretor Graham
Towsley produziu o documentário Landfill
Harmonic (Aterro Harmonico), contando a história da Orquestra.
Fontes das imagens e
pesquisa: http://g1.globo.com
Por Aline Andra
Achei impressionante este vídeo sobre Landfill Harmonic. É sem duvida uma lição para todos nós músicos e em especial à aqueles que vivem em uma zona de conforto, só estudam sob pressão e tocam de qualquer jeito sem nenhum compromisso com a técnica do instrumento e muito menos a obra que está a sua frente
ResponderExcluirÉ verdade, Wilson. Mal dá para imaginar a grandeza em todos os níveis do que aconteceu com esses jovens e como vai ser a repercussão dessa experiência no futuro deles, mas a música por si só já é transformadora e salvadora, não é?
ExcluirMuito interessante, Aline.
ResponderExcluirParabéns pela postagem!
Muito obrigada, E.P.GHERAMER!
ExcluirSua opinião é sempre muito importante para mim.
Sou músico, de Brasília, gosto de trabalhar com materiais alternativos . Me tocou quando a menina disse que quando escuta o som de um violino é como se ela estivesse sentindo borboletas no seu estômago.... lindo !!!
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