quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Preconceituosa literatura brasileira



Foto de Joel Robison
 
 
Divulgada este ano, a pesquisa demonstrada neste infográfico sobre um total de 258 obras, correspondente à soma dos romances brasileiros do período entre 1990 e 2004, publicados pelas editoras Companhia das Letras, Record e Rocco   – responsáveis pela grande maioria dos livros vendidos/lidos no país - nos revela alguns dados preocupantes, quase uma denúncia para quem pensava que nossa  produção  literária contemporânea  já  expressava sem disfarces a nossa  realidade. Afinal, quão frágeis e superficiais parecem ser nossos posicionamentos em relação ao respeito pela multiplicidade cultural brasileira frente a um padrão ainda tão limitado e preconceituoso...


 

 
 
 
 
 
 
 
 

Fonte da pesquisa: http://pontoeletronico.me
 

 

 

 
Por Aline Andra
 
 

 
 

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Casas acolhedoras



 

Um projeto fotográfico realizado por Sharon Beals documenta a fantástica capacidade dos pássaros, arquitetos criativos que ao usar e abusar de combinações dos mais diversos materiais, constroem seus ninhos com detalhes elaborados e surpreendentes.
As fotografias estarão expostas na Academia Nacional de Ciências em Washington (EUA) até o dia 2 de maio de 2014.



 
 
 
 
 

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

“A sobrevivência de tantos pássaros é tênue em um mundo moderno, onde a perda de habitat é tão comum como o próximo conjunto habitacional e até mesmo mudanças sutis no clima podem afetar a oferta de alimentos. A minha esperança, ao capturar a forma de arte detalhada dos ninhos nestas fotografias, é que eles ganhem o apreço por seus construtores e inspirem a sua proteção.”
 
 
 
 
 
 


Fonte das imagens: http://jornalggn.com.br
                                    www.sharonbeals.com
 
 
 

 

Por Aline Andra

 
 
 

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Kung Fu Piano:Cello Ascends - The Piano Guys



 
 
 

Carismáticos e competentes, cuja intimidade com seus instrumentos e paixão pela música ficam evidentes, o violoncelista Steven Sharp Nelson e o pianista Jon Schmidt começaram a chamar a atenção quando seus vídeos criativos, apresentados no YouTube por diversão, tornaram-se fenômeno mundial. Seu primeiro álbum foi lançado em 2011.
Com o suporte de Paul Anderson, Tel Stewart e Al van der Beek na produção musical e visual e arranjos sempre interessantes que visam à interação da música clássica com a popular, o sucesso é mais que merecido.
O grupo sonhador idealizou colocar um piano de cauda em cima da Grande Muralha da China. Construída em 570 D.C. e reconstruída durante a dinastia Ming (1368-1644 D.C.), tem mais de 8000 quilômetros (5000 milhas) de comprimento e pode ser vista do espaço. Neste belo vídeo, os dois músicos tocam um arranjo que mistura um dos temas do filme Kung Fu Panda, Oogway Ascends com o Prelude Op. 28 nº 20 in C minor de Chopin.
 
 
“Nossa visão é a de criar músicas e vídeos que inspirem as pessoas. Queremos levar a música para o mundo e fazer a diferença.”


 
 


 
 
 
 
 

Fonte da imagem: Google
Fonte da pesquisa:  http://thepianoguys.com

 

 

Por Aline Andra
 
 
 
 

domingo, 24 de novembro de 2013

A magia do chá e a flor

 
 


Produzido no sudoeste da China por camponesas e artesãs a 1500 metros de altitude nas regiões de Yunnan e Fujian, o Flowering tea ou Blooming tea é uma denominação geral para um tipo de chá que se transforma em flor na água quente, mas cujo sabor depende do tipo de folha que é feito.
O processo foi iniciado em 1986 - embora alguns pesquisadores afirmem que ele data de centenas de anos - por Wang Fang Sheng, um renomado mestre do chá. Totalmente artesanal, consiste em moldar folhas de chá ainda úmidas em pequenas bolas, aromatizá-las (usualmente com lavanda ou jasmim) e costurá-las com finos fios de algodão. Só então segue o procedimento normal de secagem e oxidação que dá origem ao produto final.
O toque ainda mais original e que acho fascinante é quando botões de flores compostos em pequenos buquês (hibisco, calêndula e jasmim são as mais usadas) são envolvidos pelas folhas de chá formando casulos que quando submersos em água fervente, expandem-se lentamente e desabrocham. De um modo geral, as flores contidas dentro da maioria dos chás não contribuem muito para o sabor, apesar de algumas poderem ser até degustadas.
Um espetáculo para os sentidos que, durante alguns minutos, pode ser apreciado e considerado como um momento único e especial.
Ainda não experimentei, pois mesmo encontrando-o à venda na Internet, sei que há que ter certo cuidado com a procedência, mas descobri que no importador Chá Yê! recomendado pela Yuri Hayashi do blog Chá, Arte e Vida! e certamente confiável,  alguns tipos do “chá que floresce” estão à disposição.
Não vou perder isso por nada!

 

 
 



Fonte da imagem: Google
Fontes da pesquisa: http://revistaespresso.uol.com.br
                                     http://casadocha.com

 

 

Por Aline Andra

 


quinta-feira, 21 de novembro de 2013

O atelier ambulante de Virgílio Dias



 
 
Este pintor carioca de 57 anos, de técnica apurada e considerada impressionista (embora eu prefira acreditar que suas vigorosas pinceladas estejam além de qualquer classificação), captura em suas telas a óleo e pastel as cenas urbanas e paisagens em belos instantâneos de cidades, principalmente o Rio de Janeiro, que ele frequenta e ama.
Sua carreira artística começou nos anos 70 quando, depois de sofrer um grave acidente de trem onde perdeu o braço direito, encontrou na pintura um incentivo para treinar a mão esquerda e uma motivação para reinventar a vida.
Virgílio transita ao ar livre, com sol ou chuva, até encontrar uma cena, um momento, uma atmosfera que o inspire. Aí então começa a trabalhar e o resultado é um curioso e emocionado olhar sobre o passado e o presente de uma cidade e as pessoas que nela vivem.
 
“Classifico-me como um cronista da vida urbana. O criador de tudo isso que nos cerca é um grande mestre e eu sou um aluno constante. Procuro não perder as aulas que a natureza nos propicia.”

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

Fonte das imagens e pesquisa: www.virgiliodias.com.br
 
 
 

 

 

Por Aline Andra
 
 

 

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

O ovo


 


 
"Agora essa. Descobriram que ovo, afinal, não faz mal. Durante anos, nos aterrorizaram. Ovos eram bombas de colesterol. Não eram apenas desaconselháveis, eram mortais. Você podia calcular em dias o tempo de vida perdido cada vez que comia uma gema.
Cardíacos deviam desviar o olhar se um ovo fosse servido num prato vizinho: ver ovo fazia mal. E agora estão dizendo que foi tudo um engano, o ovo é inofensivo. O ovo é incapaz de matar uma mosca.
Sei não, mas me devem algum tipo de indenização. Não se renuncia a pouca coisa quando se renuncia ao ovo frito. Dizem que a única coisa melhor do que ovo frito é sexo. A comparação é difícil. Não existe nada no sexo comparável a uma gema deixada intacta em cima do arroz depois que a clara foi comida, esperando o momento de prazer supremo quando o garfo romperá a fina membrana que a separa do êxtase e ela se desmanchará, sim, se desmanchará, e o líquido quente e viscoso escorrerá e se espalhará pelo arroz como as gazelas douradas entre os lírios de Gileade nos cantares de Salomão, sim, e você levará o arroz à boca e o saboreará até o último grão molhado, sim, e depois ainda limpará o prato com pão. Ou existe e eu é que tenho andado na turma errada. O fato é que quero ser ressarcido de todos os ovos fritos que não comi nestes anos de medo inútil. E os ovos mexidos, e os ovos quentes, e as omeletes babadas, e os toucinhos do céu, e, meu Deus, os fios de ovos. Os fios de ovos que não comi para não morrer dariam várias voltas no globo. Quem os trará de volta? E pensar que cheguei a experimentar ovo artificial, uma pálida paródia de ovo que, esta sim, deve ter me roubado algumas horas de vida a cada garfada infeliz. Ovo frito na manteiga! O rendado marrom das bordas tostadas da clara, o amarelo provençal da gema… Eu sei, eu sei. Manteiga ainda não foi liberada. Mas é só uma questão de tempo."
 
Luis Fernando Veríssimo
 
 
 
Realmente, quanta injustiça com um alimento tão nutritivo, saboroso e acessível a todos!
O ovo só começou a ser reabilitado na década de 1990, quando vários cientistas apontaram as falhas nas pesquisas mais antigas que concluíam que o seu consumo poderia ser prejudicial. Tudo porque, nos anos 60, descobriram que as altas taxas de colesterol no sangue sinalizavam chances aumentadas de problemas cardíacos. E como o ovo é rico nesta gordura (213 miligramas em cada unidade), passou a ser considerado um dos “culpados” da vez.
Estudos mais recentes apresentaram novas conclusões. Descobriu-se que apenas uma pequena parcela do colesterol sanguíneo provém do que comemos. A maior parte é produzida pelo próprio organismo. Sendo assim, o ovo não só está totalmente absolvido como provou seu alto valor. A lista de qualidades é longa. Todos os nutrientes estão concentrados na gema, justamente a parte mais temida. A amarelinha é fonte de ferro, por exemplo, que é fundamental para evitar a anemia. Também tem altas doses de uma substância chamada colina, que vem sendo apontada pelos pesquisadores como um nutriente importante para o desenvolvimento fetal, além de proteger o cérebro e a memória. Um ovo supre 22,7% de sua necessidade diária de colina. Os cientistas também estão pesquisando o ácido fólico que está concentrado, mais uma vez, na gema. Aliado a outras vitaminas, especialmente a B6, esse nutriente já se mostrou capaz de reduzir os níveis sanguíneos de homocisteína, uma substância que, essa sim, faz muito mal ao coração. Outros estudos provam os benefícios da clara. Um dos seus componentes ajuda a baixar a pressão arterial com a mesma eficácia dos medicamentos usados para essa finalidade. A ingestão regular de ovos também auxilia na prevenção do câncer de mama e minimiza problemas de degeneração macular, principalmente em idosos. Além de tudo isso ainda recebemos um bônus inesperado: a descoberta de que comer ovos no café da manhã, pasmem, ajuda a emagrecer porque eles oferecem uma sensação maior e mais duradoura de saciedade.
Uma única ressalva permaneceu. Algumas pessoas como os diabéticos e aqueles que já sofreram infartos devem realmente obedecer à limitação de três unidades semanais como forma de manutenção de uma alimentação mais balanceada. Para os demais, o ovo está totalmente liberado!

 

 

Fonte da pesquisa:
 

 

 

Por Aline Andra