quinta-feira, 31 de outubro de 2013

A responsabilidade do escritor




 
 

Um trecho de uma palestra de Neil Gaiman, escritor inglês, sobre a importância das bibliotecas e sobre a necessidade de preservação do hábito da leitura como instrumento para um futuro melhor.
 


"Eu acho que nós temos responsabilidades para com o futuro. Responsabilidades e obrigações com as crianças, com os adultos nos quais aquelas crianças vão se transformar, com o mundo aonde eles vão se encontrar habitando. Todos nós – como leitores, como escritores, como cidadãos – têm obrigações. Pensei em tentar explicitar algumas dessas obrigações aqui.
Acredito que temos a obrigação de ler por prazer, em privado e em lugares públicos. Se lermos por prazer, se os outros nos veem ler, então nós aprendemos, nós exercitamos a nossa imaginação. Nós mostramos aos outros que a leitura é uma coisa boa.
Temos a obrigação de apoiar bibliotecas. De usar bibliotecas, de incentivar outras pessoas a usarem as bibliotecas, de protestar contra o fechamento de bibliotecas. Se você não valoriza as bibliotecas, então você desvaloriza informação ou cultura ou sabedoria. Você está silenciando as vozes do passado e você está prejudicando o futuro.
Temos a obrigação de ler em voz alta para os nossos filhos. De ler para eles coisas que eles gostam. De ler para eles histórias das quais já estamos cansados. De fazer as vozes para tornar interessante, e não de parar de ler para eles apenas porque eles aprendem a ler para si mesmos. Use o tempo de leitura em voz alta como um momento de ligação, como o tempo em que não há telefones sendo verificados, em que as distrações do mundo são postas de lado.
Temos a obrigação de usar a língua. Para nos empurrar: para descobrir o que as palavras significam e como implantá-las, para nos comunicarmos de forma clara, e dizer o que queremos dizer. Não devemos tentar congelar a linguagem, ou fingir que é uma coisa morta, que deve ser respeitada, mas devemos usá-lo como uma coisa viva, que flui, que empresta palavras, que permite aos significados e às pronúncias mudar com o tempo.
Nós, escritores – e, especialmente escritores para crianças, mas todos os escritores – temos uma obrigação com nossos leitores: é a obrigação de escrever coisas verdadeiras, especialmente importante quando estamos criando contos de pessoas que não existem em lugares que nunca existiram – a entender que verdade não está no que acontece, mas o que ela nos diz sobre quem somos. A ficção é a mentira que diz a verdade, afinal de contas. Temos a obrigação de não entediar os nossos leitores, mas fazê-los precisarem virar as páginas. Uma das melhores curas para um leitor relutante, afinal, é um conto cuja leitura não pode ser interrompida. E enquanto dizemos aos nossos leitores coisas verdadeiras e damos a eles armas e armadura e passagem para qualquer sabedoria adquirida a partir de nossa curta estadia neste mundo verde, temos a obrigação de não pregar, não ensinar, não forçar mensagens morais pré-digeridas goela abaixo dos nossos leitores, como aves adultas que alimentam seus bebês com larvas pré-mastigadas, e nós temos a obrigação de nunca, jamais, em hipótese alguma, escrever alguma coisa para as crianças que nós mesmos não gostaríamos de ler.”
 
Texto original e na íntegra, aqui .
 
 
 
"Porque tudo muda quando lemos." (Neil Gaiman)
 
 
 
 
 
 
 
Por Aline Andra
 
 
 

quarta-feira, 30 de outubro de 2013

A força e a beleza das raízes



 
 

Poderosas, as raízes são responsáveis pela fixação no solo, sustentação e absorção dos nutrientes e água dos vegetais. Algumas são comestíveis, outras têm propriedades medicinais. Convenhamos, não é pouco. Precisavam então também ser quase assustadoras de tão belas?
Espantosa Natureza!
 
 
 
 

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

 
 
 
 

Os habitantes de Meghalaya, na Índia, uma das regiões mais úmidas do mundo e frequentemente assolada por chuvas torrenciais, encontraram uma solução engenhosa natural para combater as forças da natureza e o perigo da travessia pelos rios e córregos.
Em vez de construírem pontes convencionais, que seriam facilmente destruídas pelas águas, eles decidiram cultivá-las utilizando as raízes da Ficus Elastica – uma espécie de seringueira – que plantam nas margens dos rios. Através de um processo de entrelaçamento, técnica ensinada de geração para geração, uma ponte viva vai se formando e ficando mais forte e mais segura ao longo do tempo. A técnica consiste em guiar as raízes usando troncos ocos. Enquanto estão novas e finas, elas são introduzidas no tronco e apontadas para o outro lado do rio. Assim elas vão crescendo e ficando resistentes. São utilizados também cipós presos aos galhos das árvores para dar sustentação à estrutura. Pedras fazem a forragem do piso.  Algumas dessa pontes têm até 100 metros de comprimento, são capazes de aguentar o peso de 50 pessoas e duram mais de 500 anos!
A natureza aliada à criatividade humana resultou nessa obra de arte funcional e perfeita.
 

 
 

 
 
 
 

Vejam em detalhes no vídeo abaixo:
 

 
 
 
 
 
 

Fonte das imagens: Google
Fonte da pesquisa: www.hypeness.com.br
                                   http://folhadobicho.blogspot.com.br
 
 

 

Por Aline Andra
 
 
 
 

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Visões do futuro





Encontradas na Biblioteca Nacional da França, estas ilustrações produzidas pelo artista Villemard, em 1910, retratam com muita imaginação como seria a vida no ano 2000. Acredita-se que elas eram uma espécie de figurinhas colecionáveis que vinham em embalagens de alimentos.

 
 
Barcos voadores
 

 

Patins motorizados
 

 

Imagens enviadas de outro local
 

 

Máquina de fazer peças de roupa
 
 
 
 
Carros de guerra
 


 
Livros colocados numa máquina de moer, transformados em sinais elétricos enviados diretamente para a mente dos alunos
 

 
 
Animais quase totalmente extintos exibidos como curiosidades
 
 

 
Trem elétrico
 

 
 
Helicóptero detectado por torre de comando
 
 

 
Patrulha com bicicletas armadas
 

 

Policial voador
 

 

Banheiro mecanizado
 


 
Arquiteto responsável por uma obra inteira através do controle de botões
 
 
 

 

 
 

 

Por Aline Andra

 
 
 

domingo, 27 de outubro de 2013

O arame em escultura




 
 

A arte contemporânea de Derek Kinzett, artista inglês de 47 anos, é muito interessante.
Em 2007, ele lançou a coleção “Espírito Interior”, com esculturas de pessoas em tamanho natural e conquistou reconhecimento e respeito por seu trabalho original e detalhista.
 
 
 
 
 
 
 
 
 

 
 
 

 
 
 
 
 

 

 
 
 
 
 
Derek trabalha sem luvas, pois acredita que o contato direto com o material é essencial para uma perfeita interação com sua obra.

  


 
 
 
 
 

Fonte das imagens e pesquisa: www.derekkinzettwiresculpture.co.uk
 

 

 

Por Aline Andra