sábado, 30 de agosto de 2014

Castanhas ao Limão e Chili


 




Um aperitivo muito simples de fazer, saudável e saboroso!

 

Ingredientes:

-3 xícaras de castanhas mistas (castanhas de caju, amêndoas, pecãs)

 -1 colher de sopa de azeite extra virgem

 -3 colheres de chá de pimenta em pó tipo Chili

 -1 colher de sopa de mel

 -Suco de ½ limão (ao escolher limões, prefira os que têm "biquinho". Eles contém mais suco. Na cultura popular brasileira são conhecidos como "limões-fêmeas") 

 
Modo de fazer:

-Pré-aqueça o forno a 180 graus, cubra uma assadeira com papel manteiga.
Em uma tigela de tamanho médio junte o azeite, o suco de limão, o mel e a pimenta em pó (você pode aquecer o mel no micro-ondas por 30-45 segundos para ele amolecer e ficar mais fácil de trabalhar). Adicione as castanhas e misture bem.
Espalhe as castanhas na assadeira e asse por 10 minutos. Observe de perto, para não queimar. Deixe esfriar em temperatura ambiente e sirva.





Fontes da imagem e receita:  www.thedailyblarg.com
                                                     http://wherewomencook.com




Por Aline Andra




quinta-feira, 28 de agosto de 2014

Aceita um cafezinho?



 
 

Acredita-se que o hábito de tomar café surgiu na Etiópia. Primeiro, eles começaram a mascar a fruta e, só mais tarde, a preparar a infusão. Há um documento na Arábia, datado de 1000 a.C., descrevendo as qualidades científicas do grão de café e de uma bebida típica da Etiópia, chamada de bucham. É bem provável tratar-se do café. Nesta descrição, o bucham recebe os atributos de possuir um excelente aroma e de ser benéfica para o estômago, pele e pernas. Há quem acredite que o café já era tomado na época de Homero e era bebida em Tróia. Atribui-se a esta bebida, o presente levado por Helena de Esparta para Tróia.
Outra versão da origem do café (como bebida) aconteceu em 1250, quando o xeique Omar, durante seu exílio em Moca, fartou-se de mastigar os grãos crus de café colhidos de plantas em estado selvagem nesta região e decidiu fazer uma infusão com eles, criando assim a primeira bebida com os grãos de café. O interessante desta história é que diversas curas aconteceram ao ser oferecida a infusão de café aos enfermos, inclusive para a filha do rei de Moca, fazendo o xeique Omar voltar triunfante à sua terra natal.
A história mais famosa sobre a origem do hábito de tomar café é de 1.400 d.C. e cabe a um pastor de cabras no Egito, conhecido pelo nome de Kaldi. Percebendo que os seus animais caminhavam mais rapidamente e ficavam mais espertos e resistentes depois de comerem grãos de café, o pastor tratou de pedir ajuda e explicação ao abade local. O religioso interessou-se pelo assunto e resolveu fazer uma experiência com os seus monges. Assim, preparou uma infusão e ofereceu no início da noite, antes das longas rezas. O abade se surpreendeu. Os monges não dormiram durante a reza e, ainda, ficaram despertos depois da mesma. Daí em diante, a infusão com grãos de café passou a ser uma rotina no monastério.
O processo de torrefação foi outro passo importante para a popularização do café no mundo, mas só foi desenvolvido no Séc. XIV quando a bebida adquiriu forma e gosto como conhecemos hoje. A etapa seguinte foi a produção comercial no Iêmen. Os pés de café foram cultivados ali  em terraços com irrigação facilitada pela água dos poços do local, o que permitiu que a região tivesse o controle sobre a produção em escala comercial. Foi assim que país manteve o monopólio de sua comercialização por um bom tempo.
Por apresentar sabor agradável e por ser estimulante, o café era o produto da moda digno de receber grandes investimentos. O crescente interesse pela bebida permitiu sua “globalização” e facilitou a intervenção cultural tanto nas formas de consumo quanto nas técnicas de plantio.
A tradição de “tomar um cafezinho” no mundo:
O hábito de tomar café como bebida prazerosa em caráter doméstico ou em recintos coletivos se popularizou a partir de 1450. Ele era muito comum entre os filósofos que, ao tomá-lo, permaneciam acordados para a prática de exercícios espirituais. Poucos anos depois, a Turquia foi responsável em difundir o “hábito do café”, transformando-o em ritual de sociabilidade. O país foi palco do primeiro café do mundo – o Kiva Han – por volta de 1475. Desde então, tomar café passou a ser “um rito” que se propagou mundo afora. Em 1574, os cafés do Cairo e de Meca eram locais procurados, sobretudo, por artistas e poetas.
Há muitas formas de se preparar e saborear um bom café e essas variações são, sobretudo, culturais. Alguns exemplos curiosos:




O café à moda turca é o café não filtrado. Esquenta-se a água junto com o pó de café e o açúcar e se coloca na xícara. Espera-se o pó de café se depositar no fundo para então tomá-lo. É a maneira típica de se tomar café na Grécia, Turquia e Oriente Médio.
 
 
 
O Kopi Joss é típico da Indonésia e surge do carvão vegetal flamejante adicionado ao café e ao açúcar em uma xícara de água quente.
 
 
Em países como a Sibéria, Turquia, Hungria, Etiópia e Eritréia, o café com sal é bastante comum há muito tempo. Agora está virando moda também no resto do mundo. Uma pitada de sal reduz o amargor e até mesmo acentua o gosto do café.
 
 
O queijo é mergulhado no café quente e depois consumido, já mais macio. Os hispânicos apreciam o Guarapo com queso, usando os tipos Gouda ou Edam. Já os suecos consomem o qeuijo finlandês Leipäjuusto no Kaffeost.


 
 
Considerado um dos mais caros do mundo (!), este café tailandês consiste na utilização dos grãos não digeridos e expelidos inteiros pelos elefantes. A proteína contida nos grãos, responsável pelo amargor do café é decomposta nesse processo, rendendo uma xícara de bebida muita rara e suave.
 

 
 
Para os marroquinos, a pimenta preta em grãos adicionada ao café é fundamental. A mistura pode ainda ser enriquecida com canela, noz moscada, cardamomo, cravo, gengibre ou outras especiarias.
 
 


O café com cascas de limão costuma agradar e parece ser muito consumido na Itália. A receita cítrica alivia enxaquecas além de adoçar o café mal torrado.
 
 
 
 
Principalmente americanos do Centro Oeste apreciam tomar um café com um ovo cru adicionado. A bebida pode conter somente a clara e a gema ou até mesmo a casca. Após a adição de água fervente, passa pela filtragem e se transforma em um café menos ácido e menos amargo. No Vietnã, o Ca Phe Trung leva gema de ovo, leite condensado e café fresco.
 
 
 
 
No sudoeste da Ásia é comum dissolver manteiga na xícara de café quente, o que proporciona um aroma agradável e uma textura encorpada. O Kopi Gu You pode ser encontrado em cafeterias típicas da região.
 
 
 
 
Outro café famoso e de preço astronômico é o Kopi Luwak, típico da Indonésia. Surge a partir dos excrementos do civeta, animal que se alimenta das cerejas do café e elimina os grãos inteiros e não digeridos. No Brasil, este processo é feito com uma ave chamada jacu.
 
 
 
 
 
 
 
Fontes das imagens e pesquisa: www.hypeness.com.br
                                                         www.cafetropicoffee.com.br
                                                         www.mexidodeideias.com.br


 
 
 
 
 
Por Aline Andra

 
 
 

terça-feira, 26 de agosto de 2014

A mão e o círculo



144 jardineiros



O matemático russo Mikhail Sadovnikov é um ceramista premiado e reconhecido pela sua habilidade e rapidez. Ele prova também sua espontaneidade e utilizando apenas argila molhada e a roda de oleiro em movimento, faz surgir um mosaico de belas mandalas, que por si mesmas já são hipnotizantes, em um espetáculo de poucos minutos.
O artista demonstrando que a Arte em toda a sua grandeza não necessita de variedade de materiais ou muito tempo para execução e planejamento para se impor e encantar.   




















Por Aline Andra

 


domingo, 24 de agosto de 2014

Um songo





 

Manoel de Barros (1916) é um dos meus poetas preferidos. Garimpei este trecho de uma entrevista exclusiva feita pelo jornalista e amigo Bosco Martins para a revista Caros Amigos. Na época, ele dizia que o ideal seria  “amarrar o tempo num poste”. Atualmente, seu silêncio é mais do que justificado, mas talvez ele ainda "more na raiz das palavras".
  
 

Bosco Martins – No ano em que completa 50 anos que Rosa lançava Grande Sertão: Veredas, você completa 90 anos, também recriando e remexendo com as estruturas formais da literatura. Trace um paralelo do que representa este momento.
Manoel de Barros – Outra vez o Rosa me contou: Precisei botar o nosso idioma a meu jeito afim que eu me fosse nele. Botei minhas particularidades. Usei de insolências verbais, sintáticas e semânticas, me encaixei na linguagem. Fiz meu estilo. Eu achava que o escritor havia que estar pregado na existência de sua palavra. E você, Manoel? me perguntou. Respondi: eu andei procurando retirar das palavras suas banalidades. Não gostava de palavra acostumada. E hoje gosto mais de brincar com as palavras do que de pensar com elas. Tenho preguiça de ser sério.
 

Bosco Martins – O que ficou na sua cabeça de seu encontro com Rosa?
Manoel de Barros – Conheci o Rosa na primeira viagem que ele fazia para o Pantanal. Fui ao encontro de um mito. Porque para mim ele era um mito. Porém no instante que o conheci ele se tornou um ser amável e bom de conversa. Conversamos sobre nada e passarinhos. Foi uma conversa instrutiva!



Bosco Martins – Aos noventa anos sempre voltamos à infância? Você afirma que seu conhecimento vem da infância, é porque talvez, como Sócrates, tudo que sabemos é que nada sabemos?
Manoel de Barros – A metáfora era essa mesmo. Tudo o que eu aprendera até meus noventa anos era nada; meus conhecimentos eram sensoriais. O que aprendi em livros depois não acrescentou sabedoria, acrescentou informações. O que sei e o que uso para a poesia vêm de minhas percepções infantis.


Bosco Martins – Fale um pouco sobre a infância, a juventude e a velhice.
Manoel de Barros – A um editor, que me sugeriu que escrevesse um livro de memórias, eu respondi que só tinha memória infantil. O editor me sugeriu que fizesse memória infantil, da juventude e outra de velhice. Estou escrevendo agora minhas memórias infantis da velhice.


Bosco Martins – Tem uma frase de um ator que nunca me saiu da cabeça. Dizia que Deus fez tudo bom, só cometendo um erro: a duração da vida. A vida é muito curta e deveria ser não infinita, pois seria muito chata, mas pelo menos o dobro. Duas vidas, uma para ensaiar e outra pra representar. Você concorda com isso?
Manoel de Barros – Concordo sim. E até proponho uma solução científica. Seja esta:
 O Tempo só anda de ida.
A gente nasce, cresce, envelhece e morre.
Pra não morrer
É só amarrar o Tempo no Poste.
Eis a ciência da poesia:
Amarrar o Tempo no Poste!
E respondendo mais: dia que a gente estiver com tédio de viver é só desamarrar o Tempo do Poste.
 
 
Bosco Martins – Se a angústia é um espinho na carne que não se pode tirar, para o poeta a passagem do tempo é angustiante?
Manoel de Barros – Para mim, viver nunca foi angustiante. Tirando o nunca até que venho bem até aqui. Sou como o vaqueiro Santiago. Santiago, no galpão desafiou que não cairia de um cavalo famanaz  de brabo que havia na fazenda. Todo mundo zombou do Santiago que estaria a contar vantagem. Então arriaram o cavalo Famanaz e Santiago amontou de espora e chicote. O cavalo saiu disparado e a corcovear de lado e pra frente. Ao passar pelo galpão, os peões viram escrito à espora na paleta do animal esta frase: Até aqui Santiago veio bem. Pois é: até aqui...

 
 Bosco Martins – O que há de se fazer frente ao mistério das coisas? E para o poeta, qual o sentido da vida?
Manoel de Barros – Sou um homem de fé. Acho-me incompleto e por isso preciso do mistério. Pra mim, a razão é um acessório. Preciso acreditar que estou nas mãos de Deus. Sem fé eu me sinto um símio.


Bosco Martins – O que o poeta teria a dizer sobre o amor, a inveja e o ódio.
Manoel de Barros – Algum tempo sonhei meu socialismo. Seria baseado nas palavras de Cristo “Amar o próximo como a nós mesmos”. Logo enxerguei que o sonho era utópico. Porque o ser humano nasce com ambições diferentes. Ambição de poder. Ambição de dinheiro. Como então amar ao próximo como a ele mesmo? A palavra de Cristo é genial e por isso utópica. A ambição destrói qualquer amor ao próximo. A inveja e o ódio também.
 
 
Bosco Martins – O pintor Marc Chagall, morto em 1985, dizia que a coisa mais importante na vida para ele era o amor, “Se você tem uma mulher a quem você ama, então isso é tudo”.
Manoel de Barros – Encontrei na Stella a mulher e companheira de todas as horas. Na alegria e na tristeza – como nos prometemos no casório. Conseguimos um amor profundo e sonhado em todos os dias.
 
 
Bosco Martins – Um dos seus poucos livros “inéditos” e fora do prelo, Nossa Senhora da Minha Escuridão, é um livro um tanto deísta, meio católico para quem o leu. Você crê mesmo em Deus, ou como a maioria dos poetas, no fundo no fundo, é um agnóstico?
Manoel de Barros – Eu não sou agnóstico. Eu creio em Deus mesmo. E não precisei ler muito para descrer; eu aprendi alguma coisa lendo. Mas onde eu aprendi mais foi na ignorância. A inocência da natureza humana ou vegetal ou mineral me ensinou mais. Quem não conhece a inocência da natureza não se conhece. Não há filosofia nem metafísica nisso. O que sei, na verdade, vem das percepções infantis. Que não deixa de ser o ensino pela ignorância.
 
 
Bosco Martins – Por que alguns acham graça na sua poesia? Seria por expor um dialeto infantil? Memória Inventadas – A Segunda Infância, por exemplo, seria na sua concepção, uma brincadeira de criança?
Manoel de Barros – Aprendi com meu filho de cinco anos que a linguagem das crianças funciona melhor para a poesia. Meu filho falou um dia: Eu conheço o sabiá pela cor do canto dele. Mas o canto não tem cor! Aí veio Aristóteles e lembrou: É o impossível verossímil. Pois não tem disso a poesia?
 
 
Bosco Martins – Seus versos têm mesmo pernas, bocas, sexo, etc.? A humanização das coisas está em sua poesia?
Manoel de Barros – Aprendi que o artista não vê apenas. Ele tem visões. A visão vem acompanhada de loucuras, de coisinhas à toa, de fantasias, de peraltagens. Eu vejo pouco. Uso mais ter visões. Nas visões vêm as imagens, todas as transfigurações. O poeta humaniza as coisas, o tempo, o vento. As coisas, como estão no mundo, de tanto vê-las nos dão tédio. Temos que arrumar novos comportamentos para as coisas. E a visão nos socorre desse mesmal.
 
 
Bosco Martins – Se tivesse que ser crítico de seus poemas, quais temas você diria que são mais recorrentes?
Manoel de Barros – Acho que ser gente é o tema tão mais recorrente. Ou não ser gente. Se o tempo não é humano, eu humanizo. Amarro o tempo no poste para ele parar. Boto a Manhã de pernas abertas para o sol. Me horizonto para os pássaros. Uma ave me sonha. O dia amanheceu aberto em mim.
 
 
Bosco Martins – Por que os clássicos são sempre necessários e quais influências na sua literatura, dos “faróis” da poesia mundial, Valéry, Baudelaire e Homero?
Manoel de Barros – Penso que a partir dos “faróis” o poema passou a ser um objeto verbal. Por antes ele andava romântico. Recebia inspirações celestes. E até se falava em mensagens poéticas. Depois de Baudelaire, Mallarmé, Rimbaud, poesia passou a ser feito de palavras e não de sentimentos. Poesia é fenômeno de linguagem e não de ideias.
 
 
Bosco Martins – Quanto tempo da “inspiração súbita” demora para virar um poema?
Manoel de Barros – Inspiração eu só conheço de nome. O que eu tenho é excitação pela palavra. Se uma palavra me excita eu busco nos dicionários a existência ancestral dela. Nessa busca descubro motivos para o poema.
 
 
Bosco Martins – Você está escrevendo algo no momento? E além de escrever, o que dá mais prazer ao poeta nos dias de hoje?
Manoel de Barros – Estou escrevendo a terceira parte das minhas Memórias Inventadas. No demais, releio minhas velhas preferências literárias. E de tarde, bem na hora do crepúsculo do dia que emenda com o meu crepúsculo, ouço música. A música erudita, principalmente, desabrocha minha imaginação. Acrescento um pouco de álcool que me ajuda a ter visões. Mais tarde elaboro as visões.
 
 
Bosco Martins – De que forma você recebe as críticas positivas e negativas sobre o seu trabalho?
Manoel de Barros – Não sou diferente: as críticas contra fazem um gosto amargo na alma. As boas melhoram o nosso ego.
 
 
Bosco Martins – Você tem fascínio pelo primitivismo e já morou com índios. O que seria o conceito de vanguarda primitiva?
Manoel de Barros – Tenho em mim um sentimento de aldeia e dos primórdios. Eu não caminho para o fim, eu caminho para as origens. Não sei se isso é um gosto literário ou uma coisa genética. Procurei sempre chegar ao criançamento das palavras. O conceito de Vanguarda Primitiva há de ser virtude da minha fascinação pelo primitivo. Essa fascinação me levou a conhecer melhor os índios. Gosto muito também de ler as narrativas dos antropólogos.
 
 
Bosco Martins – Na sua concepção, o ódio não se caracterizou muito neste último século? Para o poeta ainda existe alguma esperança no futuro?
Manoel de Barros – Eu me considero um songo no assunto.
 
 
"UM SONGO"
 Poema de Manoel de Barros
 Aquele homem falava com as árvores e com as águas
ao jeito que namorasse.
Todos os dias
ele arrumava as tardes para os lírios dormirem.
Usava um velho regador para molhar todas as
manhãs os rios e as árvores da beira.
Dizia que era abençoado pelas rãs e pelos
pássaros.
A gente acreditava por alto.
Assistira certa vez um caracol vegetar-se
na pedra.
mas não levou susto.
Porque estudara antes sobre os fósseis linguísticos
e nesses estudos encontrou muitas vezes caracóis
vegetados em pedras.
Era muito encontrável isso naquele tempo.
Até pedra criava rabo!
A natureza era inocente.









Fonte das imagens: Google
Fonte da entrevista: www.boscomartins.com.br







Por Aline Andra


 
 

quinta-feira, 21 de agosto de 2014

Sobre o brincar

 
 


 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

Fonte das imagens: http://aumagic.blogspot.com.br
 
 
 
 
 
 

Por Aline Andra
 
 
 
 
 

quarta-feira, 20 de agosto de 2014

Do diário de Darwin


 
 

O naturalista inglês Charles Darwin (1809-1882), aos vinte e dois anos, partiu em uma expedição com duração de cinco anos pela América do Sul. Na época, ele registrou  as impressões sobre sua aventura e descobertas surpreendentes em seu diário.
“A mente é um caos de deleite”, ele escreveu. Que experiência fantástica deve ter sido!

 

 
 
 
 
Fonte da imagem: Google 
 
 
 
 
Por Aline Andra
 
 
 
 

domingo, 17 de agosto de 2014

Viagem no tempo: história dos óculos - parte 2



 
 

Ao longo do tempo, diferentes maneiras foram improvisadas ​​para a manutenção dos óculos no lugar, por exemplo, fixando-os em abas do chapéu ou perucas, mas dois ou três séculos de pesquisas foram necessários para que as armações se tornassem confortáveis e seguras.
No séc. XVI, os óculos de rebite mais populares e de preço acessível eram aceitos e desejados pelas classes média e inferior, mas não nas cortes. Goethe era míope e usava um monóculo, e não escondia a sua antipatia pelos óculos. Mesmo Napoleão Bonaparte usava  um binóculo de madrepérola com uma armação de ouro e cravejada por cristais.
A aristocracia não considerava as armações elegantes e não tolerava todos os problemas de fixação que as acompanhavam. Assim, no séc. XVII, os membros míopes da classe alta mostraram preferência por óculos de perspectiva. Além do pince-nez e do lorgnon, o  quizzer era popular entre homens e mulheres  e consistia de uma única lente mantida na frente do olho com uma alça curta decorativa. A lente podia ser redonda, oval ou retangular, mas a popularidade desse tipo de auxílio à visão desgastou-se após a metade do séc. XIX.

 

 
 
 
 Naquela ocasião, o monóculo, que já havia sido introduzida pelo prussiano Barão Philipp von Stosch aumentou em popularidade e permaneceu a escolha favorita do cavalheiro até aproximadamente meados do séc XX. O monóculo consistia numa lente circular, com ou sem aro, ligada a uma corda, com a outra extremidade presa à roupa do usuário. Ao contrário do quizzer, o monóculo era entalhado na cavidade ocular, e era muito estável e confortável de usar quando fabricado sob medida para caber exatamente na órbita do olho do indivíduo. O monóculo não foi simplesmente usado para melhorar a visão em um dos olhos, mas era um símbolo de status e transmitiu uma aura de arrogância e superioridade entre os membros da aristocracia.
 

 
 
 

Outro tipo de moda de óculos durante a segunda metade do séc. XVIII, especialmente na Inglaterra, França, Alemanha e Itália, foi o óculos-tesoura. De certa forma, eram como óculos rebitados invertidos, mas com hastes curvadas e quase sempre tinham lentes redondas. Eles eram usados ​​tanto por homens e mulheres, com uma corrente ou fita através de um anel localizado logo abaixo da dobradiça para fixá-los ao redor do pescoço. No início do séc. XIX, entretanto, sua utilização tornou-se rara.


 
 
 
  
 Muito tempo se passou até surgirem os óculos com as hastes, ou com o apoio sobre as têmporas e sobre as orelhas, causando dores de cabeça e problemas com a pele.
 O problema da estabilidade por falta dos suportes laterais foi resolvido apenas quando o oftalmologista inglês Edward Scarlett (1677-1743) criou as peças curtas que eram pressionadas acima das orelhas.
No princípio a fixação era feita por cordéis ou fitas de couro amarradas atrás da cabeça ou passando por trás das orelhas pendendo sobre o peito com um contrapeso. Depois dos amarrilhos surgiram as hastes laterais com molas espirais pressionando as têmporas para segurar os óculos na posição.
Em 1730 foram inventadas as hastes laterais rígidas para se apoiar nas orelhas e posteriormente apareceram as hastes laterais com angulação para melhor apoio e fixação no dorso do pavilhão auditivo. Mais tarde, em 1752, foram  inventadas em Londres as hastes laterais dobráveis, facilitando bastante o manejo pelos usuários.
 
 
 
 
 
 

Finalmente, em 1784, Benjamin Franklin, o famoso estadista americano, que também era inventor, cientista e filósofo, inventou os bifocais, que tanto benefícios trouxe às gerações futuras.
 

 
 
 
 
 Imaginar a vida das pessoas num tempo sem a existência dos óculos, hoje considerado um artefato tão simples, é um exercício que pode nós mostrar o impacto que isto causaria na vida de tantos ao nosso redor.
 
 
 
 
 
 
Fontes das imagens e pesquisa: http://oculos.blog.br
                                                         www.miguelgiannini.com.br      
                                                         www.antiquespectables.com 
                                                         www.opticanet.com.br
                                                         www.zeiss.com.br
 
 
 
 
 
 
Por Aline Andra