A história do
perfume percorreu a trajetória de muitas civilizações. Os aromáticos atingiram
seu auge no Antigo Egito, com sua utilização nos rituais religiosos – eles acreditavam
que, através da fumaça, seus pedidos e orações chegariam rapidamente aos deuses
– e para uso cosmético e medicinal. Logo as pessoas perceberam que o perfume era um meio de proteger, aprimorar e embelezar o corpo, servindo como escudo contra doenças, provocando bem estar e aumentando o poder de sedução. Conta a lenda que Cleópatra conquistou Marco
Antônio e Júlio César, usando um perfume à base de óleos extraídos de flores.
Depois, os gregos,
romanos e árabes deram continuidade a essas crenças e costumes. Ao longo das
antigas rotas de comércio, as cidades festejavam a chegada das caravanas árabes
que traziam perfumes e especiarias. O gosto dos romanos por incensos e aromas
era famoso. No séc. III, o banho tornou-se um luxuoso cerimonial em Roma.
Foi na Índia e na
Arábia que surgiram os primeiros mestres da perfumaria. Ali foi criada a água
de colônia, obtida por maceração de pétalas de rosas. Eles também produziram
elixires utilizando plantas e animais com propósitos cosméticos e terapêuticos.
Experimentos alquímicos cujo objetivo era transformar qualquer metal em ouro levaram à
descoberta do álcool concentrado, essencial na fabricação do perfume. O árabe Ibn Sina –
ou Avicena (980-1037) – descreveu o funcionamento dos alambiques dos quais se
extraía óleos de pétalas de flores.
Ao mudar-se para a França a fim de se casar com o futuro rei Henrique II, a florentina Catarina de Médici (1519-1589) levou seu perfumista, que assumiu a tarefa de procurar, durante a viagem, uma vegetação similar a da Toscana. Encontrou, no sul da França, na região da Provence, a aldeia de Grasse, que viria a se considerada a cidade dos perfumes. A produção de fragrâncias passou a incrementar a economia francesa (em 1850, a cidade já contava com 50 perfumarias) e, pouco mais tarde, conquistou toda a Europa. A arte da perfumaria se desenvolveu e tornou-se cada vez mais popular. Mesmo feita de forma artesanal, firmou seu lugar definitivo como parte dos luxos diários e necessários de mulheres e homens. Isto também devido, em grande parte, aos descuidados hábitos de higiene da época. Os perfumes eram usados em profusão para disfarçar os maus odores.
Ao mudar-se para a França a fim de se casar com o futuro rei Henrique II, a florentina Catarina de Médici (1519-1589) levou seu perfumista, que assumiu a tarefa de procurar, durante a viagem, uma vegetação similar a da Toscana. Encontrou, no sul da França, na região da Provence, a aldeia de Grasse, que viria a se considerada a cidade dos perfumes. A produção de fragrâncias passou a incrementar a economia francesa (em 1850, a cidade já contava com 50 perfumarias) e, pouco mais tarde, conquistou toda a Europa. A arte da perfumaria se desenvolveu e tornou-se cada vez mais popular. Mesmo feita de forma artesanal, firmou seu lugar definitivo como parte dos luxos diários e necessários de mulheres e homens. Isto também devido, em grande parte, aos descuidados hábitos de higiene da época. Os perfumes eram usados em profusão para disfarçar os maus odores.
A França tornou-se, então, referência
mundial, com a criação de associações de fabricantes
de luvas perfumadas e essências (quem se interessa pelo assunto deve ter visto e
apreciado o filme “Perfume: história de um assassino” baseado no sensacional livro de Patrick Süskind,
cujo tema - rico em detalhes sobre os antigos processos da fabricação de
perfumes - acontece parcialmente em Grasse).
Além do segredo, guardado a sete chaves, das fórmulas utilizadas nas composições, a dificuldade para produzi-las era grande antes da industrialização. Para se ter uma ideia, era necessário armazenar cinco toneladas de rosas para se obter apenas um quilo de óleo e para trinta gramas de solução concentrada de jasmim, era preciso ter um montante de quatro mil quilos de pétalas!
Além do segredo, guardado a sete chaves, das fórmulas utilizadas nas composições, a dificuldade para produzi-las era grande antes da industrialização. Para se ter uma ideia, era necessário armazenar cinco toneladas de rosas para se obter apenas um quilo de óleo e para trinta gramas de solução concentrada de jasmim, era preciso ter um montante de quatro mil quilos de pétalas!
Data dessa época
também a união entre perfumistas e grandes nomes da vidraria como Lalique e
Baccarat. Os frascos de perfume que, inicialmente, eram feitos de barro e
porcelana também passaram a ter seu valor. As melhores fragrâncias estiveram
até em recipientes de cristal, permitindo que o perfume como um todo se
tornasse não só um objeto de desejo como também uma obra de arte.
Fonte da imagem: Google
Fontes das pesquisas: www.perfumepariselysees.com.br/pages/história-do-perfume.htmlwww.espacodoperfume.com.br
Por Aline Andra
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