domingo, 22 de setembro de 2013

Súplica


 
 

Agora que o silêncio é um mar sem ondas,
e que nele posso navegar sem rumo,
não respondas
às urgentes perguntas
que te fiz.
Deixa-me ser feliz
assim,
já tão longe de ti como de mim.

 Perde-se a vida a desejá-la tanto.
Só soubemos sofrer, enquanto
o nosso amor
durou.
Mas o tempo passou,
há calmaria...
Não perturbes a paz que me foi dada.
Ouvir de novo a tua voz seria
matar a sede com água salgada. 


Miguel Torga

 

 

 

Por Aline Andra


 
 

Nenhum comentário:

Postar um comentário