John William Waterhouse (1849-1917), carinhosamente
conhecido como “Nino” na juventude, nasceu em Roma. Seus pais eram pintores
ingleses que migraram para a Itália em busca da arte. Enquanto crescia, Waterhouse
ajudou seu pai em seu estúdio, onde desenvolveu seu talento para pintar e
esculpir. Foi um dos raros artistas que se tornaram populares e tiveram retorno
financeiro enquanto estava vivo.Embora muitas vezes classificado como pré-rafaelita
por seu estilo e temas, Waterhouse é verdadeiramente um pintor neoclássico. Ele pintou mais de duzentas telas retratando
personagens femininas da mitologia clássica, temas históricos e literários.Sua combinação de poesia, mitologia e femme fatale
mística é absolutamente notável. Um mestre.
"The lady of Shallot" (1888)
"Psyche opening the golden box" (1903)
Psyche, a filha de um rei, provocou a ira de Vênus que
olhou para ela como uma rival. Vênus instruiu Cupido, seu filho, para infectar
o coração de Psyche com o amor por um pária, mas Cupido apaixonou-se por ela e
passou a visitá-la todas as noites. Achando que Psyche seria incapaz de
resistir à sua beleza, permaneceu invisível e proibiu-a de olhar para ele.
Curiosa, Psyche pegou uma lâmpada e, enquanto Cupido dormia, iluminou-o.
Assustada com sua beleza, ela deixou que uma gota de óleo quente acordasse o
deus. Pela sua desobediência, Cupido partiu. Ela vagueou pela terra em busca de
seu amado, enfrentando obstáculos jogados em seu caminho por Vênus até Júpiter
se apiedar e torná-la imortal para que se reunisse a Cupido.
"Ophelia" (1894)
"Ophelia lying in the meadow" (1905)
Ophelia é uma mulher bonita e de mente simples,
facilmente moldada pelas opiniões e desejos dos outros. Essa fraqueza de
espírito e vontade permitiu a sua obediência ao pai que a usou como isca em
seus propósitos, destruindo assim suas chances de amor com Hamlet levando-a à
loucura e à morte. Ela estende a mão para a beleza de flores penduradas em um
salgueiro e, de alguma forma, se afoga.
"Pandora" (1896)
Zeus ordenou a Hefesto, deus do fogo e dos metais, que
criasse uma mulher perfeita e que a apresentasse à assembléia dos deuses. Ele o
fez, usando água e terra. Os deuses dotaram-na com muitos talentos. Recebeu de
um a graça, de outro a beleza, de outros a persuasão, a inteligência, a
paciência, a meiguice, a habilidade na dança e nos trabalhos manuais. Ela
recebeu o nome de Pandora, que em grego quer dizer “todos os dons”. Quando Prometeu roubou o fogo do céu, Zeus, por
vingança, apresentou Pandora a Epitemeu, irmão de Prometeu. Entregou a Pandora
uma caixa fechada com a ordem de não abri-la sob nenhuma circunstância.
Impelida por sua curiosidade, Pandora levantou a tampa e todo o mal contido
espalhou-se pela terra, exceto uma coisa que estava no fundo – a esperança.
Fonte: http://www.jwwaterhouse.com
Por Aline Andra
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